domingo, 31 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017

Yoo, minna!! 2017 está indo embora e com ele pude ter a oportunidade de conhecer várias histórias diferentes. Como em todo ano, começo mais uma retrospectiva do Animangá House. Infelizmente, para mim, esse foi um ano bastante atribulado. Adoeci várias vezes, era difícil equilibrar meu tempo entre o trabalho e o curso, enfim... mas ainda bem que consegui manter o foco e continuar postando aqui no blog, mesmo que não com a mesma frequência de antes, mas ao menos mantendo a regularidade. Sem mais delongas, vamos conhecer os melhores do ano para mim?!


Interessei-me por esse mangá depois de ver os traços dos personagens. Sem conhecer nada da história, resolvi me aventurar em ler e, apesar do ritmo, a priori, lento, fui gostando do enredo. Você pode pensar, o que esperar de um shoujo escolar em que a menina é tímido e o menino também? Pode ser que seja mais uma história de amor lenta à la Kimi ni Todoke. De fato, as coisas entre Shibazeki Suiren e Kawasumi Kouha demoram um pouco para acontecer, mas inexplicavelmente existe alguma coisa nesse mangá que te atrai, que te faz querer continuar até o final e, motivada por isso, eu terminei a leitura e sim, Hibi Chouchou é uma história super fofa sobre como simples fatos do cotidiano podem se tornar grandes coisas, afinal, as relações humanas são construídas todos os dias de pequenas ações e palavras. 


De qualquer maneira, eu gosto bastante de dramas chineses/taiwaneses por eles serem menos cheios de frescura no quesito beijo, mas não foi por isso que eu gostei desse dorama. Em Life Plan A and B nós conhecemos a difícil decisão que Zheng Ru Wei tem que tomar. Embora tenham vários arcos hiper dramáticos, achei a reflexão bastante interessante. Afinal de contas, até que ponto vale a pena abrir mão de seus sonhos em nome do seu amor por alguém? Será que o arrependimento não fará com que esse relacionamento aos poucos acabe e se torne um fardo? Além disso, o interessante desse dorama é mostrar os dois lados da moeda. Existem duas faces da mesma Ru Wei, a Ru Wei que abre mão de tudo em nome do amor e a Ru Wei que vai atrás de seu sonho. O que gostei desse dorama foi o fato de não mostrar que apenas uma das decisões tomadas pela protagonista é a certa. Em ambos os planos, Ru Wei enfrenta altos e baixos e, querendo ou não, isso faz parte de todas as escolhas que fazemos na vida.


Sou super suspeita para falar, até porque adoro o casal KathNiel. Como não podia ser diferente, nesse filme os dois estão maravilhosos nos papéis de Ely e Mia. Além disso, esse é o filme no qual temos o primeiro beijo na telinha do casal mais shippado das Filipinas. A história tem uma pegada mais adulta, mais dramática e mais madura, por que não? Mia não é a menina perfeita, que não comete erros. Ela está buscando redenção por todos os erros cometidos. Já Ely tenta tocar a vida depois de sofrer uma grande perda. Para ambientar esse cenário, os dois acabam se encontrando em Barcelona, dois filipinos longe de casa numa terra totalmente diferente. Apesar dos contrastes e dos vários contratempos, os dois passam a viver juntos, mas ninguém pode fugir das consequências dos seus atos. Mesmo tendo uma pegada bem melodramática, vale super a pena assistir a esse filme. Além disso, vale mais ainda ver esse casal maravilhoso atuando junto!!


E a história que emocionou tanta gente ganhou filme e o mangá foi até licenciado aqui no Brasil pela NewPop. A história da menina surda que é maltratada pelos colegas é com certeza uma das mais emocionantes que eu assisti esse ano. A animação é praticamente fiel ao mangá. Acompanhar a saga de Ishida Shouya tentando reparar o mal que fez a Nishimiya Shouko é uma experiência muito dolorosa. Ele passa a aceitar tudo como punição pelo que fez, enquanto Nishimiya acredita ser um fardo para todos. É interessante a maneira como a história mostra a realidade de alguns deficientes auditivos no Japão. Embora sempre exista aquele discurso sobre inclusão, nós sabemos que ela não existe de verdade. Não adianta jogar um aluno numa sala em que ninguém sabe língua de sinais e esperar que ela seja incluída. Nishimiya é um exemplo disso e de como o bullying na escola pode ser danoso para a saúde mental e psicológica de uma criança ou adolescente. Eu criei um carinho todo especial por esse filme, porque ele consegue ser sutil ao mesmo tempo que realista com relação a um tema tão delicado e pouco debatido.


Quem nunca se viu cheio de dúvidas e incertezas sobre o seu futuro? Por mais que estejamos firmes em nossas decisões sobre determinada coisa, ainda assim, temos nossos momentos de fraqueza. Nesse mangá, Nanase Momoko após se formar como design acaba tendo que trabalhar num escritório de pachinko. Ela nunca se imaginou trabalhando num lugar como esse, até porque assim como todo mundo, ninguém se imagina trabalhando numa função inferior ao cargo que você espera depois de se formar, não é mesmo? Mas 3 AM Dangerous Zone é a prova viva de que nem tudo na nossa vida é como a gente quer, mas mesmo assim é possível fazer com que as coisas sejam menos piores. E Momoko aprende essa lição, afinal, embora não seja o emprego dos sonhos, é você quem aceita ficar estacionado numa vida medíocre. Achei super válido tratar sobre um tema como esse, particularmente, eu me identifiquei com esse dilema da Momoko. Será que iremos ter um futuro tão brilhante depois que nos formarmos? E se não for como imaginamos?


No início, eu não estava colocando fé de que uma história que misturasse vida real e jogos online fosse dar certo. Mas nem só de jogos trata esse dorama. O que me fez gostar dessa história foram diversos fatores, quando Xiao Nai e Wei Wei começam a namorar, vários invejosos tentaram acabar com esse romance, mas todos falharam miseravelmente. Como já comentei antes, não tenho muito saco para ver a mocinha e o mocinho em intermináveis idas e vindas por causa dos outros, que ficam atrapalhando. Xiao Nai e Wei Wei formam um casal inabalável e eu adoro isso! Além disso, o casal secundário é super fofo também e, para aquelas fujoshi de plantão, tem muito clima de bromance entre os personagens Hao Mei e KO... Love O2O traz algumas questões importantes, tais como ser fiel aos seus princípios, mesmo que isso signifique começar do zero; amar as pessoas pelo que elas são, e não pelo quanto elas são bonitas por fora; não acreditar em toda meia-verdade que te contam. E eu pensando que Love O2O tinha tudo para ser um drama tosco, mas que bom que eu estava errada. 


No início, eu achava que a lenda de Korra era uma história meio sem graça. Olha só o preconceito... Eu sequer tinha dado uma chance e já ficava especulando que era ruim, até o dia em que resolvi finalmente assistir. Confesso que fui completamente fisgada por essa história e pela heroína em si. Apesar de ser forte e destemida, Korra passa por muitos momentos difíceis. Ela é enganada, perde a confiança, tem seu corpo machucado, enfim, ela passa por muitas provações físicas e espirituais que servirão para torná-la uma grande avatar. Korra não é a heroína perfeita, ela tem falhas, ela é honesta, ela consegue dar a volta por cima, ela quebra padrões. O mais legal da série - para mim - com certeza foram as mudanças de paradigma adotados para a caracterização da personagem principal. Korra não é uma personagem branca feminina, seu corpo é ligeiramente musculoso demais para uma mulher e ela é bissexual. A representatividade importa bastante e eu me senti representada por essa personagem. Pode parecer bobagem para muita gente, mas ver uma personagem que foge dos padrões ser apresentada de maneira tão "real" não tem preço.


Dramas médicos nunca foram muito o meu forte, além disso, uma história cujo nome é literalmente cirurgias não tinha como ser boa. Outra razão para eu não assistir a esse dorama é o fato de ele ter mais de 40 episódios, mas apesar de tudo isso, alguma coisa nele me chamou a atenção e eu resolvi encarar. Ainda bem que estava errada ao pré julgar essa história, porque o dorama é muito bom. Somos apresentados ao drama pessoal de Zhuang Shu e à impetuosa Lu Chenxi. Além disso, vamos percebendo que o dia a dia num grande hospital não é lá tão glamouroso, existe corrupção e mais triste ainda, quem não tem dinheiro, não é atendido. Embora alguns médicos sejam idealistas, como a própria Lu Chenxi, isso ainda não é suficiente para que ela atenda tal paciente. Apesar de retratar o cotidiano dentro de um hospital, o drama não fica focado apenas nisso, ele mostra o drama dos personagens principais e como todo drama chinês tem a sua dose de melodrama na medida certa. Ignorando o fato de ser um dorama com mais de 40 episódios, Surgeons vale super a pena!! Não sou fã de dramas médicos, mas quando uma coisa é boa, merece ser compartilhada.


Aquele momento em que você se depara com um shoujo maduro não tem preço. Não é todo dia que você está interessada em ler um shoujo água com açúcar. Nesse mangá, nós conhecemos a história de Adachi Shion, uma jovem que é enganada pelo pai e se vê obrigada a trabalhar numa floricultura para poder ter o que comer e onde dormir. Embora deteste essa situação, ela acaba desenvolvendo um certo carinho pelo trabalho e pelo dono da floricultura, Mamyuuda Shun. Mas nem tudo são flores... Shion precisa se sair bem na escola e ainda precisa lidar com o vício do pai, além disso, ela também precisa lidar com o que sente pelo Mamyuuda, que parece não dar a mínima para ela. O que me chamou a atenção nesse mangá, foi o fato de nada ser sofrido ou melodramático. Embora esteja apaixonada por Mamyuuda-san, Shion não se mostra desesperada, pois ela sabe que existe tempo para todas as coisas. A forma com que a Iwashita Keiko desenvolve o enredo desse mangá é muito simples, mas também pragmática. Não existe drama, não existe autocomiseração, tudo tem seu tempo e tudo será como tem que ser.


Belos traços e uma história envolvente são, muitas vezes, os ingredientes perfeitos para se ter um bom mangá. E acho que essa foi a fórmula perfeita para fazer de Kyou no Kira-kun um dos melhores mangás que li em 2017. A história do bad boy Kira Yuiji e da incompreendida Okamura Ninon lembram aqueles típicos dramas à la Um Amor para Recordar, mas que vão muito mais além do que isso. Okamura Ninon tem sérios problemas de interagir com as demais pessoas, então, ela se fecha em seu mundo particular. Enquanto isso, Kira-kun finge ser um bad boy para esconder de todos o seu grande segredo. Mas como em todo bom shoujo nada sai como o planejado, Nino descobre o segredo de Kira-kun e a partir daí decide se tornar amiga dele. E o inevitável acontece, eles se apaixonam e é tudo tão lindo!! Eu me apaixonei completamente por esses personagens, por essa história, por essa mangaká. Devorei os 9 volumes em dois dias... e claro, apesar de alguns clichês comuns a shoujo escolar, Kyou no Kira-kun consegue fugir de alguns estereótipos e ser uma história original.


Eu adoro doramas de suspense. Mas o que me fez assistir a esse drama foi o fato de Bae Doo Na estar no elenco. Eu resolvi apostar e apostei certo. Stranger retrata como funciona a corrupção dentro do judiciário sul-coreano bem como dentro da polícia e entre os políticos. Tudo está interligado e cada personagem é capaz de fazer qualquer coisa para manter seu segredo a salvo. Entretanto, as coisas começam a fugir do controle quando um suspeito de dar propina a promotores é assassinado na sua própria casa. Embora esse crime não tenha relações diretas com corrupção, ou seja, não foi uma queima de arquivo, mas uma vingança, é a partir dele que Hwang Shi Mok começa a fazer as suas investigações e conectando cada ponta solta desse quebra-cabeça. Para quem curte um drama sobre corrupção e suspense, esse thriller é de tirar o fôlego, não é à toa que ele está no 5º lugar de melhores do ano para mim.


Não poderia deixar de falar sobre uma de minhas paixões mais antigas: Sailor Moon. Lembro-me de quando assistia ao anime na extinta TV Manchete e, embora a versão de 1992 seja a mais famosa, ela foge escandalosamente da história original escrita e desenhada por Takeuchi Naoko. Sailor Moon Crystal surgiu como um projeto para tentar retratar a história mais fielmente possível, um antigo sonho da Naoko, que foi realizado. Nessa terceira temporada, podemos perceber uma grande melhorada nos gráficos do anime bem como a correção de alguns outros probleminhas. A história permanece o mais fiel possível e não temos uma Usagi-chan chorona e escandalosa o tempo todo. Não que eu não recomende as temporadas anteriores, obviamente, todas valem a pena, mas é na terceira temporada que Usagi se torna a Super Sailor Moon. É muito interessante a maneira como acontece a evolução dela como uma grande heroína, mencionando também o amadurecimento dela como personagem. Sem dúvidas, é uma das melhores histórias da saga de Sailor Moon.


No início, eu pensava que Madoka era mais um mahou shoujo desses que estamos tão acostumados a assistir. No entanto, logo percebemos que o anime tem diversas coisas que fazem você ficar confuso e, para alguns, pode ser até desconfortável continuar assistindo. A história de Madoka é bem simples, garotas fazem um contrato com um gato alienígena, chamado Kyubey, a fim de lutar contra as bruxas que fazem mal à humanidade. Entretanto, esse simples acordo não tem nada de simples e esconde terríveis segredos. Em Madoka conhecemos algumas personagens dignas de nota, embora eu não tenha curtido muito a Madoka em si, ela é uma garota que não desiste dos seus amigos e a sua sede por manter a esperança viva é o que a irá fazer a diferença no mundo. A Akemi Homura, mesmo que pareça ser apenas uma coadjuvante, é quem faz com que a história ande. Akemi tem uma simples missão, proteger Madoka de se tornar uma garota mágica, porém, o que está destinado para acontecer, fatalmente irá acontecer, mas a Madoka que aceita o contrato com Kyubey é uma Madoka que pode mudar para sempre o destino de todos. E sim, o final é lacrador! Adorei esse anime...


Assim como a primeira temporada, Age of Youth 2 trouxe várias surpresas e reviravoltas. Confesso que no início, fiquei meio apreensiva, pensando que talvez não chegasse aos pés da primeira temporada, mas ainda bem que me enganei. O diferencial de abordar temas polêmicos, sobretudo, para a sociedade sul-coreana, fez com a série continuasse com a mesma pegada de antes, sempre deixando evidente que nos momentos mais difíceis, elas estão sempre juntas para cuidar umas da outras. São tratados temas bastante polêmicos nessa temporada, tais como abuso sexual na infância, TEPT, fins de relacionamento traumáticos e suicídio. Nesse aspecto, a série manteve sua pegada e essência, além disso, na minha opinião, essa segunda temporada se mostrou mais séria, ao mesmo tempo que tentou manter o espírito jovial das cinco amigas. Os novos dilemas vividos por cada uma delas continuaram fugindo do clichê, sempre focando na originalidade e na proposta inovadora da própria série. Espero que surjam mais doramas que busquem quebrar paradigmas e retratar a realidade sem fantasias demais ou romantismos exagerados.


E em primeiríssimo lugar, temos o dorama chinês mais buscado no youtube em 2016. E não é à toa. Ode to Joy traz de maneira revolucionária a vida de cinco mulheres que acabam se conhecendo e se tornando amigas. Embora a jornada para que elas se tornem grandes amigas não tenha sido igual para todas, a série retrata mulheres fortes e independentes que, à sua maneira, tentam enfrentar o mundo de cabeça erguida. Apesar de órfã, Andie consegue se tornar uma grande mulher de negócios; Xiao Xiao consegue contra todas as perspectivas abrir a sua própria empresa; Shengmei decide mudar de profissão aos 30 anos, o que pode dar certo ou não; Yingying transforma toda sua dor ao ser enganada pelo ex-namorado em motivação para trabalhar; e Guan Guan, apesar da insegurança, mostra todo o seu potencial na empresa. Embora tenham origem em mundos diferentes, essas cinco mulheres vão encontrar apoio umas nas outras. Mais uma vez, a amizade feminina se mostra como um ingrediente indispensável para boas histórias e ótimos doramas.

Bônus: We Got Marriage - Song Jae Rim & Kim So Eun



Esse foi o primeiro We Got Married que eu assisti até o fim e o que conseguiu me prender até o final foi a química desse casal. Song Jae Rim e Kim So Eun foram, na minha humilde opinião, o casal mais shippável que eu já vi! Eles se completam, são naturalmente engraçados e o mais importante, têm uma grande química juntos. Ok, não rolou beijo na boca durante os episódios, mas se você quer ver os dois juntos, assiste ao dorama Our Gab Soon, lá rola altos beijos entre eles (embora seja um dorama um pouco problemático no que diz respeito à forma como o personagem do Song Jae Rim trata a Gab Soon, personagem da Kim So Eun). Embora, hoje em dia, eles se declarem apenas bons amigos, eu tenho minhas dúvidas, afinal de contas, quantos casais na Coreia fingem não estar namorando? Mas eu gostei desse casal por eles serem divertidos juntos, por não terem frescura, por se darem bem - o que é uma coisa rara - por serem companheiros, acima de tudo e por sempre se apoiarem. Acho difícil algum casal do WGM ser melhor do que eles - risos.

*   *   *

Então, minna... essa foi a minha lista de melhores do ano. Espero que vocês tenham gostado e que 2018 seja um ano de muita prosperidade para todos nós. Um Feliz Ano Novo para vocês e nos encontramos em breve!! Kissu...

0 comentários:

Postar um comentário

Yooooo, Minnaaaa.... arigatou pela leitura... Comentem caso vocês tenham gostado dessa postagem... Caso postem comentários que não tenham nada a ver com o conteúdo do blog ou comentários ofensivos, os mesmos serão excluídos. Kissu...

 

AniMangá House Template by Ipietoon Cute Blog Design