quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Enciclopédia Animangá - Classificação dos formatos de publicação dos mangás

Parece até estranho falar isso, até porque aqui no Brasil não existe tão bem delimitada essa divisão. Muitos até podem confundir com a classificação por gênero e idade, mas quando me refiro ao formato dos mangás, quero dizer que essa postagem irá falar sobre como são classificados os mangás no Japão de acordo com o formato em que são publicados, ou seja, em mangás, tankoubon, bunkoban etc. Então, vamos lá... Ah, gomen ne pelo desaparecimento, mas passei por alguns perrengues na minha vida, como problemas de saúde, perda de um emprego, tentativa de abrir um negócio, enfim... mais três outros blogs para manter e sem mais choro nem vela, vamos ao que interessa... Saudade de postar aqui no Animangá, minna... Saudade de vocês \\o

Formato Mangá

Os mangás, no Japão, geralmente são aqueles que são publicados primeiramente em revistas de mangás, como a Cookie, a Betsuma, a Shounen Jump, etc. Essas publicações costumam ser mensais ou semanais. Numa mesma revista, são publicados vários capítulos de várias séries diferentes, cada capítulo pode apresentar diversas páginas. Como são publicados em revistas, muitas delas são feitas de papel de jornal, o que faz com que comumente, elas sejam descartáveis com o tempo.

Formato Tankoubon

Esse formato é o mais comum aqui no Brasil, já que os volumes das séries publicadas aqui são tratadas como tankoubon, ou seja, seria quando os capítulos de um mangá (outrora publicado numa revista) são compilados em volumes. No entanto, no Japão, tankoubon significa o mesmo que livro completo como um todo sem necessidade de fazer parte de séries, ou seja, teoricamente, eles não são especificamente livros de mangá, eles costumam versar sobre diversos temas, como fotografia, economia, dicas de beleza etc. Mas a indústria dos mangás insiste em usar o termo para publicações em formato brochura com capa dura. O que não necessariamente é assim.

Formato Bunkoban

O formato bunkoban ou apenas bunko é o mais usado para as publicações de romances no Japão. São geralmente publicações em tamanho A6 (105 x 148mm), mais espesso que o formato tankoubon e impresso num tipo de papel mais fino, porém de alta qualidade. Por serem mais espessos e maiores, os volumes costumam ser menores. Mangás como Omae ga Sekai wo Kowashitai Nara, da mangaká Fujiwara Kaoru, no formato tankoubon tem 3 volumes, mas no formato bunko teve apenas 2. Outro exemplo é a série Boku no Chikyuu wo Mamotte (mais conhecido como Please, Save the Earth), da mangaká Hiwatari Saki, que na versão tankoubon teve 21 volumes publicados, na versão bunko 12 volumes e na versão aizouban apenas 10.



Formato Aizouban

Esse formato é aquele destinado para colecionadores, digamos assim. Costumam ser mais caros, pois têm artigos a mais que as versões usuais. Como eles são itens pensados em colecionadores, esse formato possui capas especiais desenhadas especificamente para esta edição, é usado papel especial de qualidade superior, além de outros extras, como estojos para proteção etc. Além disso, outro fator encarecedor é o fato de que os mangás em formato aizouban têm uma tiragem limitada. Literalmente, faz com que muitos colecionadores arranquem os cabelos... eu mesma, até hoje sofro porque perdi o volume 4 de Kimi ni Todoke e nem era vendido em versão para colecionador.

Formato Kanzenban

Não muito diferente do aizouban, o kanzeban são edições especiais, mas não chegam a ser para colecionador. Costumam ser versões que prezam pela integridade do conteúdo e não do volume. Diferente do tankouban, os kanzenban vêm ilustrados e com conteúdos extras. Cada capítulo possui uma capa diferente, geralmente, colorida. Assim como o formato bunko, suas páginas costumam ser publicadas em tamanho A5 (148 x 210 mm), ou seja, uma série longa no formato kanzenban, terá menos volumes. Apesar de ser um formato destinado para lançamentos especiais, é possível encontrar mangás populares nesse formato.

Formato Wideban

O formato wideban ou waideban é publicado em tamanho A5 e, diferentemente, do tankoubon, são edições usadas para publicação de mangás josei e seinen. Ou seja, após o mangá ser concluído na respectiva revista que publica a série, os capítulos são reunidos e serializados em formato wideban. Os tankoubon, comumente, são os formatos mais comuns em publicações de shoujo e shounen. Entretanto, alguns seinen ou josei podem ter sido publicados anteriormente no formato tankoubon, então, quando republicados em formato wideban, a versão wideban terá menos volumes que a versão anterior em tankoubon, pois as versões no formato wideban contêm mais páginas por volume.

Formato Shinsouban

Os formatos shinsouban são bem fáceis de reconhecer. Se assemelham bastante aos tankoubon, entretanto, a diferença entre ambos é que um mesmo volume possui duas capas diferentes. Um exemplo mais prático disso é a publicação de Rosario+Vampire, do mangaká Akihisa Ikeda, em que a série muda as capas e o traço dos personagens ao longo das publicações. No Ano I, que contém 10 volumes, o traço e as capas são bem diferentes das que vêm impressas nos mangás que integram o Ano II, que contém 14 volumes. Outro exemplo é o que a JBC está fazendo com a reedição do mangá Love Hina, de Ken Akamatsu, no qual as capas de frente e trás são diferentes em casa volume novo lançado.

Formato Soushuuhen

Esse formato é bem interessante e curioso. Ele não é bem um formato, é uma criação da Shueisha. Surgiu mais ou menos em meados de 2008. Nesse formato, há mais páginas que o tankoubon normal, algumas são coloridas, além de ser publicado em tamanho B5 (176 x 250mm), o formato soushuuhen traz alguns extras sobre a história com direito a pôsteres e entrevistas. Esse formato é muito usado em publicações de mangás populares em lançamento, como One Piece e Naruto (este último já concluído). Para fãs inveterados que gostam de economizar, o formato soshuuhen é bastante econômico, para ser ter uma ideia, quando a história de Naruto - parte 1 foi publicada no formato tankoubon, foram publicados 27 volumes, já no formato soshhuhen, a história foi publicada em apenas 8.
 

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