sábado, 14 de dezembro de 2013

Nausicaä do Vale do Vento (Animação)

Uma garota que tem uma forte ligação com os animais e com a natureza vivendo num mundo onde tudo pode ser destruído apenas com o sopro do vento, só poderia ser coisa do Miyazaki-sensei. A partir desse clima de fragilidade que pode levar o mundo todo a destruição, Nausicaä se mostra uma princesa sábia e destemida.

Título: 風の谷のナウシカKaze no Tani no Nausicaä/ Nausicaä of the Valley of the Wind/ Nausicaä do Vale do Vento
Direção/Roteiro: Miyazaki Hayao
Gênero: Drama, Fantasia
Outros TítulosA viagem de Chihiro (2001); Princesa Mononoke (1997); O Serviço de Entregas da Kiki (1989); Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar (2008)
Publicação:
Mangá - 7 volumes (1982 - 1994)/ Licenciado pela Conrad
Animação (1984)
Nota♥♥♥♥♥

Nausicaä do Vale do Vento, animação e mangá de Miyazaki Hayao (1984)

A primeira animação do sensei Miyazaki que tive o prazer de assistir foi A viagem de Chihiro (que reservo uma postagem para ela em breve). Para ser sincera, amei logo de cara essa animação. Chihiro me encantou pela simplicidade e complexidade com que o roteiro foi desenvolvido e aquela sensação de como algo extremamente elaborado parece ser tão simples, tão fácil. 

A segunda animação de Miyazaki que vi, foi uma recomendação de um querido amigo meu, Hausman Santos, mais carinhosamente chamado por mim de Haws.... A animação Mononoke Hime (ou simplesmente, Princesa Mononoke) para mim se tornou o filme de animação em 2D mais brilhante que já vi na vida! Eu pensava que Chihiro era fantástico, e é, mas Mononoke Hime me surpreendeu pelo enredo, pelas imagens e pelos personagens, posso resumir isso numa única palavra: AMEI!!

Mas a estrela de hoje é Nausicaä do Vale do Vento, terceira animação de Miyazaki que assisto. Nausicaä foi dirigido e roteirizado em 1984, antes de Miyazaki fazer parte do Estúdio Ghibli. Anterior às suas obras primas: Tonari no Totoro, Mononoke Hime e A viagem de Chihiro (que lhe rendeu o Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2002 e o Oscar de melhor animação em 2003), Nausicaä não desmerece a genialidade do sensei, que costuma usar a fantasia e o drama na dose certa em seus roteiros magníficos.

Ilustrações do mangá de Nausicaä.

Sinopse:  Mil anos após os "Sete Dias de Fogo", a Terra é um lugar tomado pelo clima árido, águas ácidas, solos mortos e gigantescas florestas repletas de plantas venenosas chamadas de Fukai, onde apenas insetos enormes conseguem sobreviver. Dentre eles, os Ohmu, os senhores da Fukai. Poucos lugares são seguros e livres dos esporos venenosos da Fukai. Um desses locais é o "Vale dos Ventos", cujas fortes correntes de ar mantêm o Vale livre dos esporos venenosos. Nausicaä é a jovem princesa desse vale. Ela estuda a Fukai, as plantas e os insetos, em especial os Ohmu, em busca de respostas e de uma cura para o veneno mortal. Tudo muda quando Nausicaä e seu povo se vêem no meio de uma guerra entre os reinos de Torumekian e Pejite, ambos em busca de uma arma de poder imenso, uma das armas responsável pelos "Sete Dias de Fogo". (Retirado da descrição do vídeo no site do Anitube).

Confesso que sou assumidamente fã das animações do sensei Miyazaki, gosto dos traços dos desenhos e mais ainda do enredo das histórias. Nausicaä conta a história de uma princesa destemida e corajosa. É admirada e amada pelo seu povo sendo o exemplo de todos, por sua firmeza, honestidade e carisma. Nausicaä tem uma ligação com os animais, principalmente com os insetos que protegem a Fukai (na legenda, a Fukai é o Mar da Devastação), e essa ligação mostrará que humanos e insetos, após a grande devastação, podem viver juntos e em harmonia.

Essa ligação de Nausicaä com os insetos é inspirada num conto do folclore japonês "A princesa que amava insetos". E além disso, a escolha do nome da personagem, é em homenagem à princesa que ajudou Ulisses, na Odisseia de Homero. Nausicaä é jovem, corajosa e, sobretudo, carismática. Uma outra curiosidade, bastante interessante sobre Nausicaä, é que Miyazaki passou 12 anos desenhando o mangá sobre a história da princesa do vale do vento. No Brasil, o mangá foi traduzido pela Editora Conrad, que cancelou as tiragens do mangá no volume 5 sem lançar as edições finais.

Nausicaä fez tanto sucesso (e que nem era tão esperado e ainda veio num momento delicado da vida do sensei, pois sua mãe, havia morrido um ano antes à estreia da animação), que Miyazaki acabou fundando, em parceira com seu amigo Takahata, o Estúdio Ghibli.


O que acho mais legal em Miyazaki é como ele trabalha a relação dos humanos com os animais e a natureza, que eles são dependentes um do outro e quando há desequilíbrio, essa relação sofre o contraste. Exemplos disso são as animações Nausicaä e Mononoke Hime. Adoro Miyazaki não só por ele ser um ótimo cineasta em animações, mas pelas mensagens que ele passa para os adultos e para as crianças.

Características marcantes das produções de Miyazaki são o gosto pela aviação, ecologia e suas consequências e a ausência de um vilão. Sim, não há vilão nas animações do sensei e é isso que também faz eu gostar mais ainda de seus filmes.

E se você pensa que animação é coisa para criança, é porque nunca assistiu às animações mais antigas de Miyazaki. Mais do que recomendo NausicaäEntão, Minnaaaaaaaaaaaaa..... vou indo nessa, próxima animação de Miyazaki que elencará a minha lista: Tonari no Totoro. Eu só preciso arranjar tempo para assistir. Iterasshaaaaiiiiiiiiiiiiiiii...



Mangá em Português - Sem Links
Licenciado pela Conrad

Assistir online:

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Enciclopédia Animangá - Gênero Gekiga

Konbanwaaaaaaaaaaaaa, Minnaaaaaa..... eu sei que prometi falar sobre Red Garden, mas ainda não terminei de ver o anime e as minhas férias não chegam nunca, porque ando sem tempo para nada, aliás, ando cansada de nunca ter tempo para nada, mas adiante...

Hoje, na Enciclopédia Animangá, eu irei falar um pouco sobre o estilo Gekiga.


Imagem ilustrativa indicando a diferença entre o traço do mangá e do gekiga.


Gekiga

O estilo Gekiga (劇画), que significa literalmente figuras dramáticas, surgiu em meados da década de 1950 com as publicações dos mangás de Yoshihiro Tatsumi e não demorou para que, mais tarde, outros mangakás aderissem ao novo estilo.

O gekiga, inicialmente, surgiu como uma forma madura do mangá, mas que não era mangá, pois Yoshihiro acreditava que essa postura mais séria do traço dos desenhos não poderia ser equiparado aos "desenhos irresponsáveis" dos mangás. Algo bastante semelhante ao que Will Eisner havia criado com o uso do termo Graphic Novel para diferenciar o seu trabalho da arte sequencial dos quadrinhos.

Yoshihiro encontrou espaço para sua obra em bibliotecas públicas de Osaka, que incentivavam a produção de trabalhos experimentais e ofensivos, sobretudo, contra a onda infanto-juvenil desencadeada por Osamu Tezuka.

Com um traço mais pesado, é um estilo que traz temas como vingança, tramas psicológicas, busca por justiça (à la histórias de faroeste hahahahaaha), guerras, flashbacks, máfia, dentre outros temas. Entretanto, apesar do estilo gekiga ter surgido como um tipo de não mangá, mas como um trabalho maduro e adulto, ele ainda é extremamente confundido com os seinens.

Confira abaixo, alguns mangás e animes ao estilo gekiga:


  • Mangá - Crying Freeman. Roteiro: Kazuo Koike/ Ilustração: Ryoichi Ikegami.



  • Anime - Samurai Champloo







  • Mangá - Sanctuary. Roteiro: Sho Fumimura/ Ilustração: Ryoichi Ikegami




  • Mangá - Vagabond. Mangaká: Takehiko Inoue



 

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