sábado, 23 de abril de 2016

What Does the Fox Say (Webtoon)

Yooooo, minna... como vocês estão? E esse quase feriadão? Como foi? Como está sendo? Então, né? Hoje resolvi falar de um webtoon super surtante!! Talvez não seja para todos os gostos, mas como vocês já perceberam, eu sou bem eclética. Leio e assisto de tudo. E não poderia ser diferente com essa história. Que desde já, super recomendo de cara.

Título: What Does the Fox Say (O que a raposa diz?)
Artista: Team Gaji
Gênero: Drama, Romance, Slice of Life, Yuri
Publicação: Webtoon - 99 capítulos (2015 - descontinuado)

What Does the Fox Say, webtoon do autor Team Gaji (2015)

Sinopse: Sung Sumin trabalha como gerente da equipe da empresa onde sua ex namorada, Baek Seju, é a presidente. Apesar do fim do relacionamento extremamente conturbado com a ex, Sumin tenta seguir em frente. Mas depois da entrada da jovem e deslumbrante, Ju Sungji, na empresa, algumas coisas começam a acontecer na vida de Sumin. E Seju não deixará sua ex sossegada um minuto. Como será que acabará esse triângulo amoroso?

Antes de mais nada, vou falar um pouco desse webtoon. Publicado semanalmente no site Lezhin, pelo próprio Team Gaji, What Does the Fox Say conta a história de três mulheres lindas que têm algo em comum. As três trabalham na mesma empresa que cria jogos para celulares e de certa forma acabam se envolvendo passionalmente. Vou falar um pouco sobre cada umas delas para que vocês conheçam brevemente o perfil de cada uma de nossas protagonistas.



Sung Sumin é uma mulher séria, reservada e tenta lidar com um passado muito doloroso. Por causa disso, ela não consegue manter um relacionamento estável e acaba sempre se envolvendo num relacionamento atrás do outro sem se ligar a ninguém. Apesar de ser baixinha e de aparentar ser bem jovem, Sumin tem 32 anos e por não aparentar ter essa idade, às vezes não é levada a sério. Seu calcanhar de Aquiles é a sua ex, Baek Seju, que embora mantenha distância dela, quando percebe que Sumin está "feliz", resolve aparecer e estragar tudo.



Baek Seju é a ex de Sumin e presidente da empresa em que Sumin é gerente. Ela é o tipo de ex que não larga o osso. Fica ali em cima, fazendo marcação cerrada e só sossega quando tem certeza que Sumin está sozinha e disponível para ela. Embora seja muito bonita, deslumbrante e tentadora, Seju é uma mulher manipuladora e possessiva. Pensa apenas no que a satisfaz ignorando totalmente o sentimento das outras pessoas. Ela é bem egoísta, mas tem muita lábia e pode enganar qualquer um com seu rostinho angelical.



Ju Sungji é a mais nova funcionária da empresa. Ela é jovem, bonita, inteligente e chama a atenção de todos. Entretanto, Sungji não é muito expressiva. Ela parece ser uma pessoa bem séria e não entende brincadeiras (super me identifiquei, sou péssima nisso também, oba, não estou sozinha - risos), o que faz com que seja difícil se enturmar, embora ela dê o seu melhor nisso. Além disso, Sungji é bem direta. Ela é bem sincera e enrolação não é com ela. Adoro pessoas assim, que vão direto ao ponto. Meu amor eterno por gente assim - risos. Outra coisa que também adoro na Sungji é que ela tem as melhores caras e bocas para as mais diferentes perguntas. Quer uma pessoa mais parecida do que eu do que a Sungji, só outra eu no mundo - risos.



Depois de falar um pouco sobre as personagens, agora vou falar um pouco da história. Quando eu conheci WDTFS, foi através de um leitor online em espanhol. Mais tarde, descobri que o Gokigenyou estava traduzindo e desde então comecei a esperar ansiosamente pelos capítulos. Vale salientar que uma outra scan agindo de má fé, resolveu traduzir o webtoon de onde o Gokigenyou estava traduzindo. Sei que muitos fãs pouco se importam com o trabalho de quem traduz, pois a única coisa que importa é ter a história para ler, mas eu digo que um fã consciente respeita a scan que traduz e evita gente que faz esse tipo de coisa. Não vou falar o nome da scan para não dar ibope à gente que faz essas coisas reprováveis. A única scan que traduz WDTFS é a Gokigenyou e ponto final.



Agora, vou falar propriamente da história de WDTFS. Antes de mais nada, vale salientar que a história é recheada de flashbacks. Antes que se comece a entender o que de fato aconteceu com Sumin e Seju é preciso atentar nos pequenos detalhes dos flashbacks. Sumin e Seju estudaram juntas e eram muito próximas. A relação das duas era tão intensa que elas começaram a namorar e inclusive ficaram noivas. Sem soltar spoilers desnecessários, fica claro que a Seju faz uma merda cavalar e as duas terminam, mas mesmo depois de fazer isso, Seju ainda continua infernizando a vida de Sumin. Infernizando no sentido de que ela não deixa a Sumin ser feliz. E embora não namore ninguém desde a merda que ela fez, Seju está sempre disponível quando Sumin passa por alguma decepção amorosa.



Mas por ironia do destino, esse reinado da Seju começa a ser abalado depois que Sungji aparece na história. Depois de conhecer Sumin, Sungji se encanta por ela e decide descobrir o máximo que puder sobre a sua gerente. Sungji quer conhecê-la melhor, quer entendê-la mais do que qualquer um. E a persistência dela toca o coração de Sumin e elas oficializam o namoro. Gente... não vou mentir, mas eu sou Team SuminSungji desde criancinha (risos). Sei que tem gente que torce pela Seju, mas veja bem, não romantizem relacionamentos abusivos e doentios. Num relacionamento entre duas mulheres pode existir SIM um relacionamento abusivo. Então, por favor, não romantizem esse tipo de coisa. Ao meu ver, a Seju fez a Sumin muito feliz, mas isso no passado. Depois do fim do noivado, a Seju se tornou um ser tóxico na vida de Sumin. Então, não, não romantizem isso, tá?



A história ainda está em andamento... atualmente conta já com 48 capítulos. Os traços são belíssimos e são um bônus ao enredo que é bem denso e profundo. Nada é o que realmente parece que é. Tudo na vida das nossas personagens é apenas a ponta do iceberg, por trás tem muita coisa escondida que só vem à tona aos pouquinhos. WDTFS é um dos webtoons que acompanho fervorosamente e que eu super recomendo desde já. É uma história com teor realista, sem romantismos exagerados, com tons melancólicos às vezes e pessimistas, mas com uma carga poderosa de dramaticidade e passionalidade. Talvez seja o meu yuri preferido no momento. E espero não me decepcionar com a história. Super recomendo. E torçam pela Sumin e Sungji ficarem juntas. Elas são muito lindas e pefeitas juntas  com toda a certeza. Ja ne!!




Webtoon em português:
Scan: Gokigenyou Fansub
Ler online: Union Mangás

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Mashikaku Rock (Mangá)

Yooo, minna... então, como vocês estão? Eu resolvi criar vergonha na cara e comecei a ler os mangás que tenho na minha lista de leitura. Sei que tem muitos que preciso terminar, mas alguns ainda estão em lançamento, o que é muito chato, mas tentarei ao máximo cumprir meus compromissos - risos.

Título: マシカク・ロック/ Mashikaku Rock
Mangaká: Watanabe Kana
Gênero: Comédia, Romance, Musical, School Life, Shoujo
Publicação: Mangá - 1 volume (2011)

Mashikaku Rock, da mangaká Watanabe Kana (2011)

Sinopse: Kitagawa Miyako é uma menina que vive sua vida de forma regrada. Sempre seguindo as regras, conforme seu falecido pai queria que ela fizesse. Entretanto, num belo dia, Miyako conhece Azuma Koutarou quando ele a surpreende tocando guitarra. Impressionado com o talento dela, Azuma a chantageia para que ela faça parte de sua banda. Miyako nega, mas ele insiste. Mas afinal, qual o verdadeiro motivo de Azuma insistir tanto para ela fazer parte da sua banda?



Esse mangá me lembrou duas histórias: Jippu Jippu Byuun! e K-ON!. Em relação a Jippu Jippu Byuun! por Miyako ser "chantageada" a fazer parte da banda e por saber tocar guitarra muito bem. E em relação a K-ON! por todos os integrantes fazerem parte do clube de música leve da escola (embora no mangá, seja chamado de clube de música ligeira). Apesar de ser curto e de ter apenas três capítulos falando sobre a história principal, Mashikaku Rock é um mangá bem legal.




Miyako vive de acordo com as regras. E sem refletir muito sobre isso, elas apenas age de forma regrada e comedida. Mas tudo isso muda quando ela conhece Azuma. É tão errado assim fazer algo que se gosta? Será que ela não estava tendo uma visão um pouco equivocada sobre o que o pai queria lhe ensinar? O interessante é que Miyako vai descobrindo aos poucos uma nova forma de ver o mundo. Uma forma própria e particular.



Além da história principal, o mangá ainda traz três extras da autora que também permeiam narrativas situadas na escola. O mangá é bem leve, fala de descobertas e aprendizados. Sem maiores pretensões, com traços agradáveis, enrendo fluido, sem quebras repentinas de roteiro. Gostei da Miyako e do Azuma, ambos formam um casal muito fofo! Super recomendo. Espero que vocês também gostem. Até a próxima, kissu...


Mangá em português-PT:
Fascínio Asiático (download - completo)
Central de Mangás (Ler online - completo)

sábado, 16 de abril de 2016

Kimi ga Inakya Dame tte Itte (Mangá)

Eu não conhecia esse mangá. Sabia apenas que era um dos projetos do MOW em parceria com o Neko Otaku Scans. Mas depois disso, nunca mais tinha visto nenhum link sobre esse projeto, até que achei numa scan em espanhol, Inside Darkness, o mangá completo. Mas mesmo assim não estava a fim de ler em espanhol - puuuuuuuuuuuuuura preguiça, confesso - risos. Até que eu lembrei que tinha salvo no pc dois capítulos desse mangá e foi quando eu vi que no Neko Otaku estava completo. Ufa... agora posso falar desse mangá pra vocês.

Título: 君がいなきゃダメって言って/ Kimi ga Inakya Dame tte Itte/ Say You Can't Be Without Me
Mangaká: Hatsuharu
Gênero: Romance, School Life, Shoujo
Publicação: Mangá - 2 volumes (2014)

Kimi ga Inakya Dame tte Itte, da mangaká Hatsuharu (2014)

Sinopse: Nayu e Oumi são amigos de infância e vizinhos há pelo menos 12 anos. Cresceram juntos como se fossem irmãos e Nayu não consegue deixar de ser super protetora. Mas será que é apenas super proteção ou Nayu está apaixonada por Oumi? E Oumi, será que ele corresponde a seus sentimentos? O que será que vai acontecer quando todos esses sentimentos forem revelados?

Fuji Nayu passou a maior parte da vida ao lado do melhor amigo, Furuya Oumi. Como aqueles momentos em que você pensa que nada vai mudar e que tudo continuará sempre a mesma coisa, uma grande descoberta faz com que o mundo tranquilo de Nayu seja abalado.



Vale avisar que em alguns momentos, não sei se foi erro de tradução do inglês para o português ou do japonês para o inglês, mas em algumas passagens do mangá, Nayu se refere a Oumi como se ele fosse seu irmão caçula. Eu até achei estranho, mas ao longo da leitura dá pra perceber que eles são apenas amigos que cresceram juntos como irmãos. E por Oumi ser um ano mais novo que Nayu, ela cuida dele excessivamente, quase como uma mãe.



Não quero soltar spoiler, até porque o mangá não é tão longo assim. Mas apesar do clichê, a história é muito fofinha. Eu já disse em algumas postagens aqui no blog o quanto eu gosto de melodramas. Mas é óbvio que não é todo e qualquer melodrama que me atrai, que fique claro isso, mas alguns melodramas são muito bons, como Sprout, Senpai to Kanojo, Crazy for You, Heroine Shikkaku, etc. A diferença é que em Kimi ga Inakya Dame tte Itte (ou simplesmente Diga que não pode ficar sem mim), muitos acontecimentos são originados de mal entendidos.

Shibuku Koto é a melhor amiga de Nayu e é ela que fica o tempo todo tentando abrir os olhos da nossa heroína, para que ela perceba o que realmente sente por Oumi. O que só vai ser confirmado quando ela descobre que ele está apaixonado pela cobiçada Tsuzuki Akira. Além disso tudo, ainda tem o Takeda-kun, colega de sala de Nayu que inesperadamente começa a se interessar por ela. E as coisas ficam ainda mais complexas quando Sagara-sensei também está envolvido de alguma forma com tudo isso. Mas para um shoujo, isso se encaixa perfeitamente, não é mesmo?



Para a nossa alegria, esse rolo todo se resolve. Mas haja coração. A Nayu tenta dar uma de forte, de amiga, tipo, estar ao lado dele pro que der e vier, mas gente, como lidar com o fato de que a pessoa que você ama não te ama? E ainda por cima dar a maior força para que ele seja feliz com a garota que ele escolheu? No entanto, o que fazer quando você descobre um grande segredo? Você contaria imediatamente ou usaria isso sabendo que seria beneficiada de alguma forma?

É, a Nayu tem um grande dilema para enfrentar. Apesar de ser um mangá curto, a história não é corrida. Os traços são bonitos e agradáveis. Tirando alguns errinhos de tradução (não sei se da scan brasileira ou da americana) que me fez pensar que Nayu e Oumi eram irmãos de verdade, a leitura é tranquila e as reviravoltas não são dilaceradoras. Não é como ler Hirunaka no Ryuusei e sofrer horrores em cada capítulo. Achei uma fofura essa história e o Oumi é um gatinho!! Super recomendo! Não conhecia essa mangaká, mas já curti pacas o estilo dela. Leiam nessa chuvinha.


Mangá em português:
Scan: My Otaku Way; Neko Otaku Scans
Ler online: Union Mangás

Mangá em espanhol:
Scan: Inside Darkness Fansub

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Good Morning Call (Mangá)

Comecei esse mangá depois de ler Heroine Shikkaku. Enfim, como disse antes, estou naquela fase de ler um mangá atrás do outro. Talvez nem seja muito saudável isso, mas por enquanto estou conseguindo me ocupar com coisas que eu gosto. Ah, esse ano foi lançado o dorama desse mangá, mas ainda não sei se algum fansub está legendando ou vai legendar esse dorama. Esperemos que sim.

Título: グッドモーニング・コール/ Kare to Kanojo ni Hanataba wo/ Good Morning Call
Mangaká: Takasuka Yue
Gênero: Comédia, Romance, School Life, Shoujo, Slice of Life
Publicação:
Mangá - 11 volumes (1997)
OVA - 1 episódio (2001)
J-Drama (2016)

Good Morning Call, da mangaká Takasuka Yue (1997-2002)

Sinopse: Yoshikawa Nao é uma menina de 15 anos que acaba morando sozinha por não querer se mudar com os pais para a fazenda do avô. Entusiasmada com o fato de poder morar sozinha, Nao mal consegue se conter de animação. Mas por ironia do destino, ao se mudar para o novo apartamento, descobre que seu colega de escola, Uehara Hisashi, também alugou o mesmo apartamento. E agora, o que eles farão para que ninguém descubra que moram na mesma casa?

Pretendo ser o máximo possível sucinta nessa resenha. Apesar de ser um mangá longo, a leitura é bem tranquila e a história não tem grandes reviravoltas. Para falar a verdade, meio que me senti trollada com esse mangá. Veja bem, acho que todo mundo aqui adora mangás em que a protagonista e o mocinho acabam de alguma maneira morando juntos na mesma casa. (E isso me lembra L♥DK), mas aí você lê Good Morning Call e percebe que é tudo meio morno.




Não estou dizendo que a história é ruim. Só achei meio morna mesmo no quesito romance. Mas acaba sendo muito divertido dar umas boas risadas com alguns personagens, principalmente o coitado do Abe, que além de levar milhões de foras, ainda sofre o pão que o diabo amassou nas mãos do Uehara ciumento. Gosto de mangás da década de 90 por causa do estilo das roupas dos personagens, sei lá, meio que tem uma magia diferente, algo bem interessante e legal.

Mas Good Morning Call não avança muito em quase nada. Eu gostava da leitura, não é um mangá maçante nem nada, mas também não tem grandes emoções. *Spoiler* - O Uehara se apaixona pela Nao, depois de superar sua paixão não correspondida pela cunhada. Mas a Nao mesmo assim continua tapada, meio mosca morta, meio aluada - *Fim do Spoiler*. Falando um pouco dos personagens, achei a Nao muito bobinha, lesada e o Uehara frio, distante e ocupado. Ocupado até demais. Me dava a sensação que a autora não tinha coisa melhor para escrever. Não quero fazer parecer que a história é ruim, porque não é.




Mas digamos que não tem muitos beijos, se fôssemos classificar a faixa etária do mangá, seria classificação livre, além disso, os personagens principais são muito lentos. *Spoiler* - Literalmente, nada acontece. É tudo muito parado, eles vão para a escola, o Uehara vive trabalhando e eles nunca conseguem fazer nada quando estão sozinhos. NADA MESMO! E isso acaba sendo muito sem graça e sem emoção - *Fim do Spoiler*.

O mangá ganhou uma adaptação para dorama que estreou esse ano. Ainda não vi nenhum episódio, até porque não achei online nem para download em lugar nenhum. Mas sabemos que poucos fansubs legendam j-dramas, o que é uma pena, enfim... No mais, recomendo a leitura apenas se você for daqueles que gostam de shoujo de todos os tipos. Mas sinceramente, achei essa história muito desenxabida.



Mangá em português:
Scans: Hwey; Mangá Dream; Toshi wa Yume
Ler online: Toshi wa Yume

J-Drama legendado em português:
Ver online: Netflix

Considerações #5 - Sobre Scarlett Johansson ser a protagonista de Ghost in the Shell no cinema

Para os grandes fãs de cyberpunk e de Ghost in the Shell mais uma notícia sobre esse mangá gera sempre apreensão e entusiasmo. O mangá de volume único do autor Masamune Shirow conta a história de uma sociedade dos anos pós 2029. Essa nova era é marcada pelo uso de tecnologias avançadas como a possibilidade de fundir o cérebro humano a computadores.

A protagonista da série é Motoko Kusanagi, também chamada de Major, por ter feito parte das forças armadas. Dentro do universo de Ghost in the Shell, Motoko lidera as investigações das forças táticas da Seção 9, além de ter habilidades sobre-humanas por ser praticamente uma cyborg. Os únicos vestígios humanos de seu corpo são o cérebro e parte de sua medula espinhal.



Ghost in the Shell ganhou vários filmes em animação, além de uma adaptação para anime, uma continuação do mangá em 2002 (11 anos depois da publicação do primeiro mangá) e duas versões de jogos para Play Station. Tudo isso somado ao sucesso da série que sempre arrasta diversos fãs de histórias do gênero. Entretanto, apesar dos rumores de que o filme ganharia uma adaptação fílmica financiada pela Paramount Pictures, nada me deixou mais apreensiva do que ver a lista com os atores escalados para os papéis.

Por ser um universo distópico, sem muita ligação com a cultura tradicional japonesa, a facilidade de transportar a obra para outro país e fazer uma adaptação se torna possível, mas ainda é bem estranho aceitar de braços abertos a Scarlett Johansson no papel da Major. Não que ela seja uma péssima atriz, coisa que eu não acho, gosto muito dela, mas gente, pensa comigo: é um filme com personagens japoneses sendo interpretados por atores americanos falando inglês.



Talvez isso não seja um grande problema para a grande maioria das pessoas acostumadas a verem filmes americanos, mas para quem é fã da série e de cultura japonesa assistir a um filme tão esperado ouvindo o nome da Motoko e vendo a cara da Johansson gera um grande estranhamento. É não abrir oportunidades para atores japoneses atuarem. Vi muitos comentários por aí dizendo que atores japoneses estragariam o filme, como o exemplo da desastrosa adaptação de Attack on Titans. Já outros estão mais apreensivos ainda com o fracasso que esse filme venha a ter, usando como exemplo a adaptação de DragonBall (que dispensa comentários de tão ruim que foi).

De fato, a priori, para muitos aliás que desconhecem qualquer coisa de outra cultura, a escolha da Scarlett não interfirirá em nada. Aliás, será até bem recebida, porque muitos marmanjos estão loucos para saber se vai ter nudes no filme (porque o mais importante de Ghost in the Shell é ver a Motoko nua ¬¬). Mas para quem está habituado à cultura japonesa, pode ser algo mais indigesto. Falo por mim. Estou ansiosa para ver como vai ficar o filme? Sim, estou. Mas também preciso problematizar o até quando Hollywood fechará as portas para atores que fujam do estereótipo hollywoodiano de ser.



Quando estavam fazendo a escalação para o filme Memórias de uma Gueixa, se escolhessem qualquer atriz americana, ninguém aceitaria tal personagem. Afinal de contas, gueixas são japonesas e uma loira ocidental seria o cúmulo do cúmulo. Em contrapartida, quando um anime de grande sucesso tem a oportunidade de virar um filme de Hollywood, atores japoneses continuam de fora, pois eles só ganham papéis que só eles podem fazer, como o papel de uma gueixa, por exemplo.

Vi muita gente ficar feliz com a participação de um ator coreano no filme Maze Runner, mas não ficariam felizes se atores japoneses fizessem o papel de japoneses no filme de Ghost in the Shell. O que é isso? WTF?? Meus amores lind@s da tia, saca só, não podemos ficar mal acostumados a só engolir tudo o que vem dos EUA. Aceitamos calados os filmes deles, as músicas, os produtos, as HQs, os costumes, o estilo, enfim, uma gama de coisas. Praticamente, sei que muita gente odeia filme nacional pelo simples fato de ser made in Brazil. Não é errado gostar de filmes hollywoodianos ou de tudo que venha dos EUA, o problema é não saber dar valor ao que é nosso.



Kikuchi Rinko no filme Pacific Rim (2013)

Ghost in the Shell é uma obra japonesa, que tem personagens japoneses. Nada mais óbvio do que se os atores fossem japoneses. Gosto muito da Scarlett e acho muito importante representatividade feminina no cinema, mas também acho importante que outros atores, outras etnias também tenham as mesmas oportunidades. Não nos incomodamos em ver filmes americanos ruins, como toda aquela babaquice de American Pie, mas nem pestanejamos quando falamos mal de filme nacional. Aliás, existem filmes maravilhosos feitos no Brasil, por sinal. Mas sem fugir do assunto, o que quero dizer é que essa postagem é apenas uma opinião minha.

Vi a notícia do anúncio da Scarlett no papel da Motoko e senti a necessidade de falar sobre isso. Eu vejo filmes nacionais, franceses, italianos, sul-americanos, espanhóis, coreanos, japoneses, indianos, hollywoodianos etc. Mas uma coisa é eu assistir a vários filmes de nacionalidades diferentes, outra bem diferente é fazer de conta que o que é bom vem apenas de Hollywood. Vamos melhorar, né? E sim, eu continuo dizendo que a Motoko deveria ser interpretada por uma japonesa, como por exemplo, pela Kikuchi Rinko, que estava impecável em Pacific Rim (Círculo de Fogo, no Brasil), ao contrário do protagonista (vale comentar ainda que a Rinko estava ótima para um filme que nem ficou lá essas coisas...).

domingo, 10 de abril de 2016

Enciclopédia Animangá - O Estilo Gal

O estilo Gal faz parte da subcultura pop japonesa. O termo Gal é uma adaptação da palavra inglesa "girl". No Japão, Gal é o termo geral que define uma garota ou mulher jovem que faz da moda e da aparência um estilo de vida. Em geral, são garotas de boa condição social, consumistas e antenadas na moda do oriente e do ocidente.



Existem muitas ramificações do estilo Gal, como Ko Gals, Manbas, Kei Gals, Hime Gals, etc; cada uma com seus próprios padrões, marcas favoritas e até comportamentos específicos. (essa definição foi adaptada do glossário do volume 16 do mangá Kimi ni Todoke, publicado pela Panini). Vale salientar que o termo Gal, no Japão, muitas vezes é usado no sentido pejorativo, já que algumas meninas se prostituíam para manter o seu status.

Alguns mangás que trazem um pouco sobre esse estilo são: 

Gals!, de Mihona Fujii (1998-2002)



Peach Girl, de Miwa Ueda (1997-2004)



Ura Peach Girl, de Miwa Ueda (2005-2006)


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Propose - The Happiest Word in the World (J-Drama)

Yooooooo, minna... Há quanto tempo! Hoje recebi e-mail do professor dizendo que não teria aula hoje. Então, vou aproveitar para colocar o assunto em dia. E pra começar trago para vocês um dorama que nem eu mesma conhecia, mas que só de ver o Matsumoto Jun mais jovem já vale a pena - risos.

Título: プロポーズ~世界で一番しあわせな言葉~/ Propose - Sekai de Ichiban Shiawase-na Kotoba/ Propose - The Happiest Word in the World
Direção: [não encontrei]
Roteiro: [não encontrei]
Gênero: Drama, Romance
Publicação: J-Drama - 3 episópdios (NTV | 2005)
Nota♥♥♥

Propose - The Happiest Word in the World, drama japonês (2005)

Sinopse: Esse dorama conta três histórias baseadas em fatos reais de três casais que se conheceram ou se redescobriram. O primeiro episódio conta a história de um bombeiro que conhece uma viúva e se apaixona por ela. Entretanto, ela não consegue esquecer o falecido marido, será que ele tem alguma chance de conquistar o coração dela? O segundo episódio traz a história de um casal que está se separando, mas será que essa é a decisão mais acertada a se tomar? O terceiro episódio conta a história de um homem promissor que na juventude se apaixonou por uma garota e anos mais tarde a perdeu, mas agora ele tem a chance de ficar com ela, mas será que ele realmente abriria mão de tudo que conquistou para ficar com ela?



Então, conheci esse dorama muito por acaso mesmo e já faz um tempão que não posto nada sobre algum dorama que eu tenha visto recentemente. O problema é que ainda estou tentando terminar de assistir She was Pretty (e não é que seja ruim, é ótimo, mas sei lá... só não estou conseguindo terminar) e desde então não vi mais nenhum outro, quer dizer, tentei assistir Cheese in the Trap, mas não gostei (posso tentar dar uma segunda chance, mas quem me conhece sabe que quando mudam demais uma coisa que eu amo, é muito difícil eu aceitar de boa e assistir outra vez). Mas enfim... sem muita enrolação, vi esse j-drama por acaso e tentei baixar. Vou logo adiantando que o site do Drama Kawai está em hiato desde 2013, ou seja, muitos links ainda são do tempo do Megaupload. Tipo, não estão mais disponíveis pra nada. Entretanto, alguns ainda estão (e isso é um milagre) disponíveis no Mediafire ou 4shared.



Mas em relação a esse dorama em especial, infelizmente, dos três episódios, apenas o primeiro está disponível. Mas por que mesmo assim estou recomendando esse dorama? Pelo simples fato de que esse fansub se esforçou muito em traduzir dramas mais antigos, como esse. Tipo, quem não quer ver o Matsumoto Jun 11 anos mais novo? Gente, ele está muito divo (aliás, ele é sempre divo, né?). Além disso, cada episódio conta uma história diferente, ou seja, você não vai ficar chatead@ sem saber o final daquele casou que você shippou logo de cara.

Outra coisa, cada episódio é baseado numa história de amor real e todos eles têm alguma coisa a ver com casamento, o que já torna esse drama algo interessante de se ver. E sem contar que esse primeiro episódio conta a história de Kousuke (Matsumoto Jun), um bombeiro extremamente dedicado, que num belo dia, desmaia e é salvo por uma mulher viúva e mais velha do que ele (Zaizen Naomi). Como que por ironia do destino, ao invés de salvar, o bombeiro é salvo e por causa disso, acaba se apaixonando pela sua "salvadora". A história é bem fofa e muito lindinha, vale a pena conferir a determinação de Kousuke e se ele consegue ou não conquistar o coração da sua amada. Será mesmo que é possível esquecer um grande amor e se entregar a outra pessoa?



Super recomendo. Acredito que sempre vale a pena conferir histórias baseadas em fatos reais, para que possamos perceber que as coisas mais inesperadas também acontecem na nossa vida. Mas se mesmo assim, você está com medo de se aventurar, saiba que o episódio é bem curtinho, tem pouco menos de 30 minutos. Então, não deixem de conferir esse dorama, quer dizer, esse único episódio (quero ver @s fãs do Matsumoto comentarem aqui, ok? risos). Ja ne... Kissu...


J-Drama legendado em português:
Fansub: DK - Drama Kawai

sábado, 2 de abril de 2016

Heroine Shikkaku (Mangá)

Às vésperas do lançamento do filme pelo Mahal Dramas, resolvi ler o mangá e, sim, me apaixonei pela história. Heroine Shikkaku é o tipo de história que, de certa forma, tem tudo para me cativar, desde comédia a melodrama, ambos na medida certa, mas mais do que isso, Heroine Shikkaku é uma história que brinca com o conceito de heroína. Afinal de contas, o que seria a heroína de shoujo ideal? Será que a Hatori é essa heroína?

Título: ヒロイン失格/ Heroine Shikkaku/ No Longer Heroine - Heroine Disqualified
Mangaká: Koda Momoko
Gênero: Comédia, Drama, Romance, School Life, Shoujo, Slice of Life
Outros Títulos: Sensei Kunshu (2013)
Publicação:
Mangá - 10 volumes (2010)
J-Movie (2016)

Heroine Shikkaku, da mangaká Koda Momoko (2010-2013)

Sinopse: Matsuzaki Hatori acredita que é uma heroína de uma história shoujo. Ela acredita piamente que se casará com seu amigo de infância, Terasaka Rita. Ela poderia ser qualquer garota. Ela poderia ser a protagonista principal de uma história feliz, mas a vida real é dura e Hatori terá que lidar com a realidade tal como ela é. O mundo não é um mar de rosas para uma garota ingênua e sonhadora.

Para falar de Heroine Shikkaku, resolvi falar de alguns motivos para você ler essa história. Antes de mais nada, sei que pareço suspeita para falar desse mangá, já que eu gostei pacas, mas vamos ser honestos, independente da minha paixão pela Hatori, quero expor alguns pontos interessantes sobre esse mangá. Ele seria o melhor shoujo do mundo? Não. Mas eu gostei e vou falar aqui algumas das razões que me fizeram gostar de Heroine Shikkaku (e espero de coração - roendo as unhas de ansiedade - risos - que o live-action seja tão bom quanto o mangá).




1. As caras e bocas da Hatori

Antes de qualquer coisa, Heroine Shikkaku significa algo como heroína desqualificada/desclassifica, ou seja, Hatori é a típica garota que sonha em ser uma heroína de shoujo, mas que de longe se parece com uma heroína. Ela pode ser bonita, bem vestida, popular, rodeada de amigos, mas Hatori é muito boba e imatura. Ela não é ingênua, mas é muito honesta e não consegue esconder nada, ela acaba revelando tudo muito facilmente. O que sempre a coloca numa posição de grande exposição e vulnerabilidade, mas o mais intrigante é que ela não se importa com isso.




O mais legal e divertido são as brincadeiras que a própria Koda Momoko, autora do mangá, faz. Hatori é uma heroína shoujo, mas uma heroína cheia de falhas. Ela tem ciúmes, mas ao mesmo tempo deseja a felicidade do seu amado, mesmo que não seja com ela. Ela sente inveja e raiva, mas ao mesmo tempo é honesta e boa amiga. Na verdade, a Hatori é como você ou eu. Tem virtudes, qualidades, mas também tem falhas e faz muita bobagem.



O primeiro motivo para eu ter gostado da Hatori é que ela é apresentada como uma menina comum. Que tem falhas, que faz bobagens, que age honestamente, que em vários momentos é altruísta, mas também é mesquinha e vamos e convenhamos, quem nunca fez uma grande bobagem na vida ou foi mesquinho que atire a primeira pedra.



2. Triângulo amoroso sem noção

Hatori é apaixonada pelo melhor amigo de infância há um tempão. Mas Terasaka Rita-kun é o tipo de garoto que fica com qualquer menina e, por nunca se apegar a ninguém, seus relacionamentos nunca duravam mais de um mês, o que sempre enchia a Hatori de expectativas, já que como melhor amiga e companheira, ela acreditava que mais cedo ou mais tarde Rita-kun a notaria e se apaixonaria por ela. No entanto, os belos sonhos de Hatori são destruídos quando Rita-kun conhece Adachi e começa a namorá-la.



Inicialmente, Hatori acredita piamente que o namoro dos dois não vai durar muito tempo, mas quando as coisas parecem se aprofundar cada vez mais, ela se sente ameaçada e desesperada. E claro, motivada pelos ciúmes e pelo despeito, já que Adachi é uma menina baixinha, gordinha e, vulgo, “quatro olhos” (sem ofensas a quem usa óculos, claro), Hatori começa a fazer uma burrada atrás da outra. Agindo de maneira inconsequente e, por mais irônico que possa ser, acaba sendo altruísta, os planos "malvados" e mirabolantes da Hatori nunca dão certo, porque ela não consegue ser má. E, geralmente, ela sempre acaba se colocando no lugar da Adachi. Resumindo, a Hatori nem serve como heroína, nem como vilã, o que reforça mais ainda a teoria de ela se aproximar bastante de uma personagem mais parecida com algo real.



Entretanto, mesmo com todas as atitudes descontroladas que Hatori toma, Rita-kun parece cada vez mais apaixonado por Adachi e, a partir daí, começa o martírio amoroso de Hatori. Mas isso só dura (ou é amenizado) até ela conhecer Hiromitsu Kousuke, o maior garanhão da escola. É quando Kousuke-kun se interessa por Hatori e o boato de que eles estão namorando se espalha pelo colégio tão rapidamente que Rita-kun começa a sentir algo mudar em relação à amiga de infância, mais precisamente quando ele percebe que pode perder Hatori para outro cara. Ou seja, em nenhum momento a Koda Momoko nos apresenta mocinhos gentis ou maravilhosos como costumamos ver nos shoujos mais comuns e famosos.




Mas afinal de contas, por que eu achei esse triângulo amoroso sem noção? Porque a Hatori fica balançada pelo Rita e pelo Kousuke-kun, mas os dois ditos "heróis" de shoujo são dois sacanas. Sacanas em que sentido? Ora, se a Hatori é uma heroína cheia de falhas, os respectivos protagonistas são tão cheios de falhas quanto ela. Ou seja, ninguém é perfeito nessa história e isso é o que torna tudo mais interessante. Rita-kun é apresentado como introspectivo, frio, glacial e namorador, embora não seja “galinha”. Já o Kousuke-kun, é boa pinta, arrogante e super namorador, mas namorador do tipo “galinha” mesmo. Mas apesar desse histórico, ambos também têm boas qualidades e virtudes, ao longo da história dá para perceber como os dois mudam gradativamente. E a mudança desses dois personagens será elemento principal para que Hatori escolha um dos dois no final.



3. Uma amiga coração de gelo e uma amiga cabeça-oca

Sabe aquela amiga que fala a verdade na sua cara sem um pingo de piedade? Então, a Nakajima é a melhor amiga da Hatori, apesar de ser aquela amiga "sem coração", que não passa a mão na cabeça das idiotices da nossa heroína, ela se importa com a amiga destrambelhada, do jeito dela, claro. Queria que tivesse mais espaço para falar da Nakajima, mas em alguns volumes, há um desdobramento maior dessa personagem na história. E sempre fica um pouco de suspense sobre o fato de ela ter se apaixonado ou não pelo Rita-kun. Mas ela não é o tipo de amiga fura-olho. Essa dúvida que aparece na história fica apenas subentendida.

Enquanto uma amiga é fria e calculista, Hiromitsu Moe é a típica "doida de pedra". Moe é prima de Kousuke-kun e a forma como Hatori e ela se conhecem é bem tumultuada. No acampamento da escola, Hatori vê em Moe uma potencial inimiga, já que ela, descaradamente, dá em cima de Rita-kun. Entretanto, ao longo da história, é possível perceber que a Moe tem problemas sérios com homens comprometidos. Ela só se interessa por homens assim, ou seja, não foi nada pessoal com a Hatori, tanto que as duas se tornam grandes amigas, por mais irônico que isso possa ser. No entanto, achei uma grande pena a Moe não aparecer tanto na história. Ela não é uma cabeça oca total, ela tem boas sacadas sobre a vida amorosa da Hatori. E fico pensando, o que você faria se tivesse uma amiga que só se apaixona por caras comprometidos?



4. Enredo e Paródia

Sobre o enredo, acredito que a Koda Momoko resolveu criar uma história para questionar o estereótipo de heroína de mangás shoujo, mas com o intuito de problematizar isso. Ao longo da história, vemos referências à Sailor Moon e também à Candy, do clássico dos shoujo dos anos 70, Candy Candy. Não só referências a essas heroínas, mas uma reflexão. Para ser uma boa heroína eu tenho que ser como a Candy? Ou como a Usagi Tsukino, de Sailor Moon? O que fazer para ser uma boa heroína? Aliás, o que fazer para ser uma heroína de mangá shoujo? Existe fórmula para ser uma heroína qualificada/classificada?



Além de o enredo tratar dessas questões e de no final trazer uma mensagem interessante sobre esses questionamentos, Heroine Shikkaku é recheado de paródias, que não servem apenas para ridicularizar, como muita gente pensa, mas como uma forma de recriar e problematizar a obra original. As caras e bocas de Hatori servem para descaracterizar o modelo de heroína universal, boazinha demais, bobinha demais, sem malícia nenhuma, sempre como uma forma de lembrar ao leitor que essa heroína não é perfeita nem bonita nem boazinha o tempo todo. "Ela é diferente". Além disso, trazer a Hatori agindo como a Candy é uma forma de parodiar ainda mais essa relação de Hatori como a heroína shoujo que seria mais anti-heroína do que heroína.

Como sou amante de teoria literária, ver parodização num mangá shoujo me deixou muito animada. Gente, é a primeira vez que leio um mangá assim e isso é um dos motivos mais incríveis para fazer de Heroine Shikkaku um shoujo diferente de muitos shoujo por aí. Tem clichê? Tem. Afinal, triângulos amorosos são super clichês em shoujo e josei. Mas Heroine Shikkaku é um dos melhores shoujo que já li, justamente por trazer uma problematização do que é ser uma heroína de shoujo e de como deveria funcionar um triângulo amoroso. Lembrando que Koda Momoko subverte muitos valores exaltados em mangás shoujo, tornando sua obra um grande diferencial do gênero.



5. Live-Action

O mangá de Heroine Shikkaku finalizou em 2013, mas apesar de ter 10 volumes, o mangá não ganhou nenhuma adaptação em anime ou OVA. Entretanto, no final do ano passado, foi anunciada a produção do live-action da série. E para a nossa alegria, o filme foi lançado esse ano. Ainda não vi o filme, mas estou super ansiosa. Assim que assistir, comento aqui. No mais, meu amores... não deixem de ler o mangá e se puderem, vejam o filme. Espero que tenham gostado dessa postagem. Eu gostei muito desse mangá e super recomendo. Sim, agradeçam às meninas do Shoujo Scans por terem trazido esse projeto para nós. Até a próxima. E super recomendo!! Beijos...



Mangá em português:
Scan: Shoujo Scans
Ler online: Union Mangás

J-Movie legendado em português:
Fansub: Mahal Dramas Fansub
Ver online: Dopeka
 

AniMangá House Template by Ipietoon Cute Blog Design