Para deixar bem claro, sou fã incondicional das histórias da Yazawa Ai. Desde que vi o anime de Nana e comecei a ler o mangá, meu amor pelo seu jeito particular de escrever só cresceu. E agora, depois de ler a esse shoujo super curtinho, fiquei pensando no quanto a Yazawa é incrível e o quanto suas histórias têm milhões de reviravoltas surpreendentes. Nada nunca está realmente solucionado, prepare-se para conhecer um dos mangás mais incríveis da sua vida!
Título: 下弦の月/ Kagen no Tsuki/ Last Quarter (Lua Minguante)
Mangaká: Yazawa Ai
Gênero: Drama, Mistério, Psicológico, Romance, Shoujo, Sobrenatural, Tragédia
Publicação:
Mangá - 3 volumes (1998-1999)
Live Action: J-Movie (2004)
Mangá - 3 volumes (1998-1999)
Live Action: J-Movie (2004)
Kagen no Tsuki, da mangaká Yazawa Ai (1998-1999) |
Sinopse: Mochizuki Mizuki está cansada da sua vida. Seu pai casou-se novamente e trouxe uma mulher "estranha" para casa, além disso, descobre que seu namorado, Tomoki Anzai, a traiu com sua melhor amiga. Sentindo-se triste e abandonada, Mizuki conhece Adam Lang, mas um grave acidente acaba acontecendo e seu sonho de viver feliz com Adam se entrelaça com a vida da jovem, Shiraishi Hotaru.
Mizuki tem uma vida ruim, digamos assim. Tudo ia bem, até seu pai trair sua mãe. O que faz com que ela cometa suicídio. Depois ele se casa novamente com uma mulher com a qual já tinha uma filha, Yui, e para completar tudo isso, seu namorado, agora ex, Tomoki, a trai com a sua melhor amiga. Entretanto, Mizuki é uma pessoa que não consegue chorar diante de tantas coisas ruins ao mesmo tempo e ela acaba guardando e acumulando tudo isso. Uma pessoa que guarda tanta coisa ruim precisa de uma válvula de escape, né? E adivinhem quem surge para ser essa válvula de escape na vida dela? Adam. O cara que ela conheceu por duas semanas e que já se tornara o grande amor da sua vida.
Mas uma coisa vale ser dita antes de qualquer coisa. Kagen no Tsuki fala de amor, mas de um tipo de amor que não estamos acostumados a ler/assistir. Yazawa fala de amor obsessivo que ultrapassa as barreiras temporais. Na verdade, vai além de outras vidas. Mizuki se apaixona por um cara extremamente bonito, o padrão de personagens masculinos que a Yazawa ama, sempre bonitos, misteriosos e super idealizados. Adam é o cara que pode ser a salvação ou a perdição de qualquer um. E ele não surge na vida de Mizuki por coincidência. Adam é apaixonado pela sua ex namorada japonesa, falecida há anos, Kamijo Sayaka. E vê em Mizuki a imagem da sua antiga namorada, motivo suficiente pelo qual ele "escolheu" Mizuki.
Quem lê o prólogo fica super ansioso com o que vai acontecer em seguida. Mas a seguir, somos apresentados à Hotaru, uma jovem garota pré-adolescente que sofrera um acidente de carro no mesmo dia e hora que Mizuki sofrera o dela. E isso faz com que elas desenvolvam uma forte ligação. Não só isso, Hotaru acaba sendo o único elo de Mizuki com o mundo real.
Quando Yazawa publicou esse mangá, vale lembrar que ela ainda não tinha publicado nenhum de seus maiores sucessos, como Paradise Kiss e Nana. Entretanto, não podemos fazer de conta que em Kagen no Tsuki não vemos uma Yazawa madura e tendo ciência de cada ponto de sua narrativa. Há diversas reviravoltas ao longo dos três volumes da série. Mais ainda, somos apresentados a uma história de amor doentio no qual Mizuki só deseja encontrar Adam, o que faz com que seu espírito fique preso na mansão em que ela viveu os melhores dias de sua vida com ele.
Mas uma coisa é você se deixar levar pelas circunstâncias e outra bem diferente é encontrar o amor da sua vida. Quando Adam nos é pintado como o homem ideal perfeito, já vamos percebendo que toda essa perfeição é falha e inexistente. Enquanto o espírito de Mizuki perambula no limbo sempre ansiando por Adam, Hotaru e seus amigos, Kayama Sae, Miura Masaki e Sugisaki Tetsu, fazem o possível para ajudá-la, observando a idade deles e o que pudesse estar ao seu alcance.
Uma das jogadas mais acertadas desse mangá de Yazawa foi trazer personagens crianças, coisa bastante incomum em shoujos que aparentam ter uma temática bem mais adulta: envolvendo por exemplo, muito mistério e terror. Mas esse não é bem o caso de Kagen no Tsuki. Apesar de todo o mistério ao redor do espírito de Eve (nome com o qual Mizuki é batizada pelos meninos, já que ela não lembra do seu verdadeiro nome, apenas de Adam), não existe terror da forma que o entendemos. As quatro crianças realizam toda a investigação acerca do que poderia ter acontecido com Eve. E fazem todo o possível para encontrar Adam.
O que eu mais gosto nas histórias da Yazawa são essas grandes reviravoltas e a forma com que ela te prende do início ao fim em seus mangás. Não é apenas o cenário que te prende, nem o belo traço. A história combinada com tudo isso te agarra e não te solta até que você desvende todo o mistério apresentado desde o prólogo. E isso não é apenas com Kagen no Tsuki se você já leu Nana ou ParaKiss vai entender o que estou dizendo.
Yazawa é quase uma mestre na arte de te levar por caminhos sem saída. Quando você pensa que desvendou tudo, você é jogado numa rua sem saída e outro acontecimento se apresenta aos seus olhos e assim, através de várias mudanças no foco da narrativa, vamos descobrindo que no final das contas, por mais que você queira desistir de sua vida, sempre existirá alguém ao seu lado que fará de tudo para te salvar. E é essa a relação de amizade que Hotaru desenvolve por Eve que faz com Kagen no Tsuki seja uma das obras mais incríveis de todos os tempos, quando se trata de shoujo. O sucesso e a originalidade dessa obra lhe rendeu um live action, lançado em 2004.
Sobre o live-action do mangá, o mesmo foi lançado em setembro de 2004 sob a direção de Nikai Ken. Não sabia que tinha o live action, na verdade, encontrei por acaso num site em espanhol. A atriz que faz a Mizuki é a Kuriyama Chiaki. Não conhecia a atriz, na verdade, não conheço nenhum dos atores que fizeram os personagens principais da história, exceto o Hyde (do L'Arc~en~Ciel). Ainda no elenco temos Narimiya Hiroki no papel do namorado da Mizuki (que não sei por que aparece super enfatizado nesse filme, porque ele mal aparece no mangá, mas talvez deva ser para dar aquele drama de triângulo amoroso, vai saber). Só para se ter uma ideia, no mangá, a participação de Tomoki só é importante porque é ele que, de alguma forma, impede que Mizuki seja arrastada definitivamente por Adam para o outro lado da rua/vida.
Mas o que mais me deixou indignada, no início, foi o fato do ator que escolheram para fazer o Adam. Veja bem, Adam é um cantor inglês, loiro e dos olhos azuis, mas para o papel chamaram um cantor japonês??? Nada contra, até porque o Takarai Hideto ficou quase convincente como Adam, embora não seja o ideal de Adam que é pintado no mangá, ele consegue passar a cara de mal e sedutor que o Adam tem, afinal, Adam é um cara envolvente, misterioso e perfeito. A escolha que achei mais parecida com os personagens do mangá, foi a atriz Kurokawa Tomoka no papel da Hotaru. Mas não cheguei a ver o live action ainda, meio por falta de tempo mesmo. E também por receio. Pelo trailer que vi, não consegui gostar muito do filme não. Talvez seja só o trailer que não atrai, espero chegar a ver o filme em breve e tirar minhas próprias conclusões.
Mizuki tem uma vida ruim, digamos assim. Tudo ia bem, até seu pai trair sua mãe. O que faz com que ela cometa suicídio. Depois ele se casa novamente com uma mulher com a qual já tinha uma filha, Yui, e para completar tudo isso, seu namorado, agora ex, Tomoki, a trai com a sua melhor amiga. Entretanto, Mizuki é uma pessoa que não consegue chorar diante de tantas coisas ruins ao mesmo tempo e ela acaba guardando e acumulando tudo isso. Uma pessoa que guarda tanta coisa ruim precisa de uma válvula de escape, né? E adivinhem quem surge para ser essa válvula de escape na vida dela? Adam. O cara que ela conheceu por duas semanas e que já se tornara o grande amor da sua vida.
Mas uma coisa vale ser dita antes de qualquer coisa. Kagen no Tsuki fala de amor, mas de um tipo de amor que não estamos acostumados a ler/assistir. Yazawa fala de amor obsessivo que ultrapassa as barreiras temporais. Na verdade, vai além de outras vidas. Mizuki se apaixona por um cara extremamente bonito, o padrão de personagens masculinos que a Yazawa ama, sempre bonitos, misteriosos e super idealizados. Adam é o cara que pode ser a salvação ou a perdição de qualquer um. E ele não surge na vida de Mizuki por coincidência. Adam é apaixonado pela sua ex namorada japonesa, falecida há anos, Kamijo Sayaka. E vê em Mizuki a imagem da sua antiga namorada, motivo suficiente pelo qual ele "escolheu" Mizuki.
Quem lê o prólogo fica super ansioso com o que vai acontecer em seguida. Mas a seguir, somos apresentados à Hotaru, uma jovem garota pré-adolescente que sofrera um acidente de carro no mesmo dia e hora que Mizuki sofrera o dela. E isso faz com que elas desenvolvam uma forte ligação. Não só isso, Hotaru acaba sendo o único elo de Mizuki com o mundo real.
Quando Yazawa publicou esse mangá, vale lembrar que ela ainda não tinha publicado nenhum de seus maiores sucessos, como Paradise Kiss e Nana. Entretanto, não podemos fazer de conta que em Kagen no Tsuki não vemos uma Yazawa madura e tendo ciência de cada ponto de sua narrativa. Há diversas reviravoltas ao longo dos três volumes da série. Mais ainda, somos apresentados a uma história de amor doentio no qual Mizuki só deseja encontrar Adam, o que faz com que seu espírito fique preso na mansão em que ela viveu os melhores dias de sua vida com ele.
Mas uma coisa é você se deixar levar pelas circunstâncias e outra bem diferente é encontrar o amor da sua vida. Quando Adam nos é pintado como o homem ideal perfeito, já vamos percebendo que toda essa perfeição é falha e inexistente. Enquanto o espírito de Mizuki perambula no limbo sempre ansiando por Adam, Hotaru e seus amigos, Kayama Sae, Miura Masaki e Sugisaki Tetsu, fazem o possível para ajudá-la, observando a idade deles e o que pudesse estar ao seu alcance.
Uma das jogadas mais acertadas desse mangá de Yazawa foi trazer personagens crianças, coisa bastante incomum em shoujos que aparentam ter uma temática bem mais adulta: envolvendo por exemplo, muito mistério e terror. Mas esse não é bem o caso de Kagen no Tsuki. Apesar de todo o mistério ao redor do espírito de Eve (nome com o qual Mizuki é batizada pelos meninos, já que ela não lembra do seu verdadeiro nome, apenas de Adam), não existe terror da forma que o entendemos. As quatro crianças realizam toda a investigação acerca do que poderia ter acontecido com Eve. E fazem todo o possível para encontrar Adam.
O que eu mais gosto nas histórias da Yazawa são essas grandes reviravoltas e a forma com que ela te prende do início ao fim em seus mangás. Não é apenas o cenário que te prende, nem o belo traço. A história combinada com tudo isso te agarra e não te solta até que você desvende todo o mistério apresentado desde o prólogo. E isso não é apenas com Kagen no Tsuki se você já leu Nana ou ParaKiss vai entender o que estou dizendo.
Yazawa é quase uma mestre na arte de te levar por caminhos sem saída. Quando você pensa que desvendou tudo, você é jogado numa rua sem saída e outro acontecimento se apresenta aos seus olhos e assim, através de várias mudanças no foco da narrativa, vamos descobrindo que no final das contas, por mais que você queira desistir de sua vida, sempre existirá alguém ao seu lado que fará de tudo para te salvar. E é essa a relação de amizade que Hotaru desenvolve por Eve que faz com Kagen no Tsuki seja uma das obras mais incríveis de todos os tempos, quando se trata de shoujo. O sucesso e a originalidade dessa obra lhe rendeu um live action, lançado em 2004.
Kagen no Tsuki, filme japonês (2004). [OFF]: Gente, que nariz é esse o da Chiaki!?? Precisava comentar.... |
Sobre o live-action do mangá, o mesmo foi lançado em setembro de 2004 sob a direção de Nikai Ken. Não sabia que tinha o live action, na verdade, encontrei por acaso num site em espanhol. A atriz que faz a Mizuki é a Kuriyama Chiaki. Não conhecia a atriz, na verdade, não conheço nenhum dos atores que fizeram os personagens principais da história, exceto o Hyde (do L'Arc~en~Ciel). Ainda no elenco temos Narimiya Hiroki no papel do namorado da Mizuki (que não sei por que aparece super enfatizado nesse filme, porque ele mal aparece no mangá, mas talvez deva ser para dar aquele drama de triângulo amoroso, vai saber). Só para se ter uma ideia, no mangá, a participação de Tomoki só é importante porque é ele que, de alguma forma, impede que Mizuki seja arrastada definitivamente por Adam para o outro lado da rua/vida.
Mas se bem que olhando para essa imagem, o Hyde no papel do Adam ficou maravilhoso... Ain, meu coração... \\o |
Mas o que mais me deixou indignada, no início, foi o fato do ator que escolheram para fazer o Adam. Veja bem, Adam é um cantor inglês, loiro e dos olhos azuis, mas para o papel chamaram um cantor japonês??? Nada contra, até porque o Takarai Hideto ficou quase convincente como Adam, embora não seja o ideal de Adam que é pintado no mangá, ele consegue passar a cara de mal e sedutor que o Adam tem, afinal, Adam é um cara envolvente, misterioso e perfeito. A escolha que achei mais parecida com os personagens do mangá, foi a atriz Kurokawa Tomoka no papel da Hotaru. Mas não cheguei a ver o live action ainda, meio por falta de tempo mesmo. E também por receio. Pelo trailer que vi, não consegui gostar muito do filme não. Talvez seja só o trailer que não atrai, espero chegar a ver o filme em breve e tirar minhas próprias conclusões.
O romance entre os personagens principais, não chega a ser desenvolvido. O espaço discutido nessa história é o mistério e a tentativa de solucionar o problema de Eve, que a cada tentativa das crianças vai se delineando como algo cada vez mais difícil de resolver.
Eu comecei a ler Kagen no Tsuki apenas por começar, mas depois que comecei não consegui mais parar. Alguns pontos ficaram em aberto, como os "romances" entre Miura e Sae e entre Tetsu e Hotaru. Além disso, não fica claro que tipo de relação a mãe de Hotaru tem com a assistente da loja dela. Fiquei com a ligeira impressão de que elas eram um casal, mas vale salientar que como essa série foi publicada numa revista voltada para um público adolescente mais infantil (dos 8 aos 13 anos), não seria muito interessante explicitar esse tipo de relação, mas ela está lá. Subentendida, mas está.
No mais, para quem é fã de Yazawa Ai precisa conhecer esse mangá e manter a mente aberta para o que der e vier. Se você espera encontrar finais felizes ou aquele romance super meloso etc, desista. Yazawa não é o tipo de mangaká que escreve shoujos bobinhos. Kagen no Tsuki faz com que você reflita e torça para que a Eve supere esse amor obsessivo. Achei essa história fantástica e super recomendo que vocês leiam! Vale super a pena. Como disse anteriormente sobre o fato de ser a história mais incrível da sua vida, é porque, na minha humilde opinião, ler um mangá de Yazawa Ai é um divisor de águas entre os shoujos que você conhece e os tipos de shoujo que você pode vir a conhecer.
Mangá em português:
Scans: Hwey; Tsumi (sem link)
J-Movie legendado em português:
Fansub: DramaFans (sem link); Fansubber
OST do filme:
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