terça-feira, 17 de março de 2015

Chou yo Hana yo (Mangá)

Como mencionei numa postagem anterior, achei Chou yo Hana yo muito parecido com outra história famosa do mundo dos josei. Mas na verdade, como Chou yo Hana yo foi publicado 3 anos antes, fiquei pensando que essa outra obra teria imitado algumas coisas... Apesar das semelhanças (não na história, mas na personalidade de alguns personagens), preferi tratá-las como histórias independentes e originais. No final, é isso que vai se delineando ao longo da leitura dos dois... no final, são duas histórias diferentes e divertidas. Ainda bem que não houve plágio... ficaria muito triste se fosse isso.

Título: 蝶よ花よ; 蝶子小姐/ Chou yo Hana yo/ Butterflies, Flowers
Mangaká: Yoshihara Yuki
Gênero: Comédia, Josei, Romance, Smut
Outros Títulos: Blanc Marié (2009)
Publicação: Mangá - 8 volumes (2006)

Chou yo Hana yo, da mangaká Yoshihara Yuki (2006)

Sinopse: Kuze Chouko nasceu numa família rica tradicional do Japão, mas alguns anos depois, seu pai entrou em falência e a sua família vendeu todas as suas riquezas para pagar seus funcionários. Para ajudar seus pais a ter uma renda extra, Chouko decide trabalhar como secretária numa empresa de construção. Enquanto seus pais tocam um negócio de vender soba, ela se esforça para ser uma excelente funcionária na empresa. Por coincidência do destino, o seu chefe é nada mais nada menos que seu antigo pajem quando ela era criança, Masayuki Doumoto. Seu antigo servo, agora é seu chefe. E agora, como lidar com essa inversão de papéis tão confusa?

Quando comecei a ler esse mangá, fiquei meio receosa achando que ia ser uma história lesa. Tinha muita coisa sem noção, como o cara perguntar à protagonista na frente de várias pessoas numa entrevista de emprego se ela era virgem. E pior, ela responde à pergunta! Eu não estava conseguindo sentir empatia pela história. Chegou um momento em que parei no capítulo 25 e não conseguia mais ter vontade de continuar. Até que finalmente, resolvi concluir esse mangá. E voilà! Estou eu aqui escrevendo essa resenha para vocês. Talvez alguns gostem do que vou dizer, talvez outros odeiem, mas essa é a minha opinião sobre essa série. Cada um pode ler e tirar suas próprias conclusões, essas são as minhas, tá?

Uma das coisas que me incomodaram bastante na história foi a cansativa repetição da situação de Chouko e Doumoto. O tempo inteiro é enfatizado que ele agora é seu chefe, mas que há anos atrás foi seu servo. E isso foi chato por quê? Porque o tempo todo o Doumoto trata Chouko como apenas sua senhora. O cara ama a Chouko e não consegue parar de se sentir um servo dela?!! Eles são namorados! Gente, isso me irritou pacas! Mas tirando isso, gostei bastante do desenrolar da história.




A Chouko é uma personagem forte, elegante e adorável, embora seja meio estabanada em alguns momentos. Doumoto faz a linha sexy-tarado-comportado, mas não chega a ser um sádico sexual, como o personagem Mamiya Hokuto, de Hapi Mari. Às vezes, Doumoto aparece como um grande tarado, mas nada exagerado nem forçado. A relação dos dois, claro, excluindo a parte em que sempre é enfatizado que ele se comporta como seu servo, é bem divertida. São muito engraçadas as brigas dos dois. As caras e bocas que os personagens fazem são hilárias. Chou yo Hana yo é uma história muito divertida mesmo. Depois que resolvi continuar a leitura, pude perceber isso, eu me divertia pacas lendo os capítulos.

Os personagens secundários são ótimos também. O que no início me fez associar alguns personagens de Hapi Mari com os de Chou yo Hana yo, mas depois a gente percebe que é só impressão mesmo. No começo, achei que o fato de Chouko e Chiwa serem loiras, estarem em posição social abaixo do companheiro, que é bonito, forte, másculo, sádico e até certo ponto, extremamente protetor e ciumento fossem quase indícios de: "opa"!, peraí, será que são histórias cópias? Ufa! Não, não são. Como disse, o que há de semelhante entre os personagens de um mangá e do outro, são os tipos de personalidade que alguns personagens têm. Por exemplo, em Hapi Mari tem a personagem Souma, que é "braço direito" de Mamiya e ainda por cima consegue ser bela, mas guarda um segredo, ela tem 55 anos. Já em Chou yo Hana yo, temos Suou-san, que é como o "braço direito" de Doumoto e extremamente bela, mas o segredo é que Suou é um homem que gosta de se travestir. [Alguém lembra de LovCom e do personagem Seiko-chan? Pois é, só que Suou-san gosta de se travestir, mas se apaixona por uma mulher? Então, ele não é gay? Enfim... pensei que ia ter um ganchinho de yaoi no meio, maaas... não rola isso].

Suou-san é maravilhoso. É o personagem que eu mais adorei na trama. Pena que eu achei que ele foi pouco explorado. Também senti que Lady Makie, de quem o presidente da empresa, Yanagi Koudou, é tio, poderia ter mais aparições. Ela e Suou-san eram muito divertidos juntos. Ah, diferente de Chiwa, Chouko nunca namorou antes, todas as suas primeiras vezes, digamos assim, foram com o Doumoto. E sério, minna, tinham momentos em que Doumoto era ridículo. Mas não a ponto de você chegar a detestá-lo, mas ele se passava por cada papel. Até brigar com o Yanagi-senpai para "resgatar" a Chouko de volta.




Longa história essa... assim como Chiwa se vê encurralada por dois pretendentes não tão pretendentes assim, também aparecem dois pretendentes pleiteando o coração de Chouko: Yanagi e o seu futuro sucessor na presidência, Ootaki. Mas nenhum dos dois tem chance. Entretanto, o Ootaki consegue ser muito escroto ao enganar Chouko durante uma viagem de negócios. Não vou entrar em detalhes em como e por que isso acontece. Leiam para descobrir. Risos. Ah, também aparece um personagem do passado de Chouko, que também fora servo nas terras de sua família, Jinguuji Reibun. Ele é aquele personagem que só surge para fazer mais raiva ao Doumoto do que de fato querer ficar com a Chouko. Sim, outra coincidência de elementos entre as duas histórias é o surgimento das ex-namoradas dos protagonistas. Enquanto que em Hapi Mari, Shitara Misaki faz um inferninho na vida de Chiwa, Wakabayashi Kaori não só faz inferninho na vida de Chouko como ainda se torna sua superiora no departamento de secretariado. Só pode ser azar isso, maaas, depois tudo se resolve. E tanto em Hapi Mari quanto em Chou yo Hana yo, as duas "vilãs" acabam sendo expectadoras e meio que se redimindo de alguma forma: deixam a protagonista em paz.

Não estou com isso querendo dizer que as duas histórias se imitaram. E menos ainda que a Enjouji-senpai, uma das mangakás de que mais gosto, tenha imitado elementos de Chou yo Hana yo. Tanto Enjouji Maki quanto Yoshihara Yuki são mangakás muito respeitadas pelo trabalho que fazem e por serem especialistas no mesmo gênero, é meio difícil não utilizar clichês tão comuns nesse universo. Adorei Hapi Mari. No início, não levei muito a sério, mas me surpreendi depois. Porque era impossível não gostar dos personagens. Com Chou yo Hana yo senti algumas dificuldades em simpatizar com o fato de Doumoto sempre se colocar abaixo de "sua dama" mesmo eles sendo namorados, apesar da nobre atitude de ele de tentar resgatar as terras da família Kuze, era muito chato ler tanta servidão. Mas no final, a história me cativou e eu gostei muito da Chouko. E mais ainda da sua família. O irmão da Chouko é super sem noção. Ele se apaixona pelo Suou-san jurando que ele é uma mulher... dá pra rir bastante com as picuinhas entre Misahiko (irmão caçula de Chouko) e Doumoto. Parecem duas crianças.

Sobre a história, como disse antes, descartando tudo que me chateou na trama, super recomendo que vocês leiam. Se você é fã de josei e curte smut esta é uma ótima pedida. Chou yo Hana yo é uma história divertida que traz o relacionamento de uma antiga dama com seu servo que agora têm de lidar com uma inversão gritante de papéis. Mas a pergunta que não quer calar, tem como isso dar certo? Chouko ainda é uma dama e Doumoto um mero servo. Muitas emoções e reviravoltas te aguardam nessa história. Recomendo.



Mangá em português:
Scan: Redisu (sem download)
Ler online: Union Mangás

Entenda porque os links foram removidos

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