quarta-feira, 29 de junho de 2022

Yume Miru Taiyou (Mangá)

E esse mangá é uma daquelas histórias em que a protagonista é uma colegial e se apaixona por um cara mais velho, só que antes de perceber isso, ela acha que está apaixonada por outra pessoa. Eu sempre fico meio receosa com esse tipo de relacionamento, embora não seja dita a idade da Shimana no início, ela ainda é aluna do segundo ano (devendo ter 16 anos por aí) e seu par romântico é um cara de 21 anos, que causa problemas quando bebe saquê demais. No mais, feitas essas ressalvas, o mangá da Takano é bem divertido e vale a pena conhecer.

Título: 夢みる太陽/ Yume Miru Taiyou/ Dreamin' Sun
Mangaká: Takano Ichigo
Gênero: Comédia, Drama, Harém, Romance, Shoujo, Slice of Life
Outros Títulos: Haruiro Astronaut (2011); Orange (2012)
Publicação: Mangá - 10 volumes (2007)

Yume Miru Taiyou, da mangaká Takano Ichigo (2007)

Sinopse: Kameko Shimana não se sente feliz em casa, depois da morte da sua mãe. Sentindo-se incompreendida e com medo de estar esquecendo a mãe, já que o seu pai se casa novamente e tem um filho com a nova esposa, Shimana foge de casa. Enquanto vagava sem rumo, ela conhece um homem estranho vestindo um quimono dormindo em um parque. Apesar das três condições estranhas que ele lhe propõe, Shimana aceita morar na casa dele.

Parece uma ideia bem sem-noção sair da casa dos pais e ir morar na casa de um homem desconhecido, mas -  obviamente - Fujiwara Taiga não é um homem perigoso. Ao chegar na casa dele, Shimana descobre que moram mais dois rapazes: Tatsuage Asahi e Nakajou Zen, que estudam na mesma escola secundária que ela. Nesse ínterim, ela acaba se apaixonando pelo gentil e atencioso Asahi, entretanto, o rapaz já é apaixonado pela sua amiga de infância, Manami. Aceitando bem a rejeição, Shimana tenta seguir em frente, enquanto Zen descobre que gosta dela, mas ela não está interessada nele.

Os personagens conseguem ser divertidos e interessantes, como a Miku (pena que ela mal aparece). Zen tem vários irmãos, mas sua ligação mais forte é com seu irmão mais velho, Ken, que é lutador de boxe. Coincidentemente, Ken estudou com Fujiwara, o Ooya-san (proprietário), o que desperta a curiosidade de Shimana para saber como era o Taiga no ensino médio. E é por causa dessa tentativa de sanar sua curiosidade que todos ficam sabendo o verdadeiro nome de Fujiwara, que não é Taiga, mas sim Taiyou (que significa sol, em japonês). Por isso o nome do mangá, já que Fujiwara incentiva que todos lutem pelos seus sonhos, enquanto ele não é capaz de fazer o mesmo. O típico faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. 

Existem alguns segredos sobre a família de Fujiwara que vão sendo revelados aos poucos, tais como a sua relação nada saudável com o pai autoritário, o relacionamento mal fadado com a professora misteriosa de inglês e um segredo familiar envolvendo Asahi. O mangá tem 10 volumes, sugerindo que tem muita coisa para se desenrolar. Os segredos de Taiga, o coitado do Zen sendo o amigo de todas as horas, mesmo estando apaixonado e Shimana sendo irritante e chorona, no entanto, ela consegue fazer todos se sentirem bem e felizes (tem que compensar a choradeira - risos). Além disso, ela vai ser uma pessoa importante para apoiar Fujiwara, que lá no volume 4, mais ou menos, aceita namorá-la. (Mas não esperem algo muito caliente não, porque a Shimana é uma colegial e Fujiwara tem problemas para lidar com mulheres).

A história é um daqueles shoujo fofinhos, que mantém alguns clichês que já estamos carecas de saber, como: amores unilaterais; um quase triângulo amoroso - que ainda bem que não teve, porque triângulos amorosos me deixam muito ansiosa, depois de Hirunaka no Ryuusei, eu fiquei muito receosa se o meu ship vai dar certo ou não, anyway; também temos ex-namoradas reaparecendo - vou nem comentar o quanto que eu tenho abuso dessas coisas; entre outras coisitas mais e um final feliz digno de último episódio de novela da Globo. No mais, para quem adora um shoujo raiz, com muito drama e melodrama e ainda com uma harém para chamar de seu, taí a minha sugestão. Até a próxima!! Kissu...

Mangá em português:
Kokoro Nin-Nin (download - completo)
Redisu (download - completo)
Union Mangás (ler online - completo)

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Mangakás que Faleceram antes de Concluírem suas Obras

Fomos pegos de surpresa com a morte do mangaká Kentaro Miura (三浦建太郎), autor do aclamado Berserk (1989). Apesar de ser uma notícia triste, Bersek conseguiu ser concluída, no entanto, outros autores não tiveram a mesma sorte, tendo seus projetos interrompidos por terem partido muito cedo dessa vida. E a postagem de hoje é exatamente sobre eles.


  • Tezuka Osamu (手塚治虫)

Um dos mangakás mais famosos do Japão, Tezuka ficou conhecido por dar vida a personagens icônicos. Apesar de nos agraciar com histórias célebres, como A princesa e o cavaleiro (1953), foi com Hi no Tori (1954), considerado o trabalho de sua vida, que Tezuka nos deixou órfão. A série conta com 11 volumes.


  • Ishinomori Shotaro (石ノ森章太郎)

Ishinomori ficou conhecido por ser o "pai" de Kamen Rider (1971) e dos Super Sentai (1975), que se tornaram séries bastante populares no formato Tokusatsu. Tão importante quanto Tezuka, foi o homem que mais produziu páginas de HQ na história do gênero. Apesar da fama, Ishinomori morreu em 1998 enquanto ainda publicava sua série Cyborg 009 (1964).


  • Ishikawa Ken (石川賢)

No início da carreira, Ishikawa era amigo e assistente de Go Nagai, mas logo ganhou notoriedade com a criação de Getter Robo (1974), um dos mangás de mecha mais influentes do gênero. Entretanto, em 2006, Ishikawa não pode dar continuidade a sua série, deixando Getter Robo Arc (2002) incompleta.


  • Usui Yoshito (臼井儀人)

Crayon Shin-chan (1990) é uma obra de comédia extremamente popular no Japão. Com pelo menos 50 volumes publicados, a série nunca chegou a ser  concluída porque, em 2009, Usui foi encontrado morto após ser dado como desaparecido em setembro do mesmo ano. Ele tinha 51 anos.


  • Satou Daisuke (佐藤大輔)

Conhecido por ser um dos criadores de Highschool of the Dead (2006), Satou Daisuke faleceu em 2017, aos 52 anos, devido a uma doença cardíaca. A série foi licenciada pela Panini Comics e conta com 7 volumes.


  • Fujiko Fujio (藤子不二雄)

Fujiko Fujio, pseudônimo de Abiko Motoo (安孫子素雄), ficou conhecido após criar uma das séries mais famosas do Japão, Doraemon (1970). Embora a obra tenha sido interrompida com 45 volumes, devido à morte de Fujiko, em 1996, a história ganha filmes e especiais todos os anos até hoje.


  • Kon Satoshi (今敏)

Conhecido pelos seus trabalhos como diretor das animações Perfect Blue (1997) e Paprika (2006), Kon também ficou conhecido por criar algumas séries em mangá. Sua obra mais conhecida, Opus (1995), teve seu último capítulo foi publicado em forma de rascunho, em virtude da morte prematura do autor, em consequência de um câncer de pâncreas, aos 46 anos.


  • Yamato Takahiro (山門敬弘)

Yamato Takahiro foi criador da série de light novels Kaze no Stigma (2002). Durante sua carreira, publicou apenas duas obras. Em 2009, Takahiro veio a óbito, no entanto, sua obra pôde ser concluída a partir das anotações que deixou em vida.


  • Yamaguchi Noboru (ヤマグチノボル)

Yamaguchi ficou conhecido pela criação da série Zero no Tsukaima (2006). Além do mangá, Yamaguchi também criou várias light novels sobre a história e trabalhou nelas até falecer, em 2013, em decorrência da descoberta de um câncer em estado avançado. O final da série foi feito com base nas anotações que Yamaguchi deixou em vida.


  • Fujiwara Cocoa (藤原ここあ)

Fujiwara Cocoa ficou conhecida pela criação da série Inu x Boku SS (2009). No entanto, foi durante a publicação de Katsute Shoujo to Aku wa Tekitai Shiteita (2013), que a autora veio a falecer, em 2015, aos 31 anos de idade.


  • Matsuno Akinari (松野秋鳴)

Matsuno ficou conhecido pelo seu único trabalho como mangaká, MM! (2008), que recebeu versões em mangá (7 volumes) e light novel (12 volumes). Ambas as versões não têm conclusão, devido à morte inesperada de Matsuno em 2011.


  • Kurimoto Kaoru (栗本薫)

Conhecida pela criação da série Guin Saga (1979), que conta com mais de 140 volumes, ainda em publicação, Kurimoto Kaoru, pseudônimo de Sumiyo Imaoka, era conhecida por ser prolífica e por escrever quase 400 livros. Dentre os diversos gêneros que escreveu, destacou-se na ficção científica, fantasia, terror, mistério, yaoi e romances históricos. Kaoru faleceu em 2009, em virtude de um câncer de pâncreas, aos 56 anos, deixando sua principal obra em aberto.


  • Matsu Tomohiro (松智洋)

Matsu Tomohiro começou sua carreira em 2008, escrevendo romances despretensiosos e leves. Ficou conhecido por serializar Papa no Iukoto wo Kikinasai! (2011), o que fez com que fosse responsável pelo roteiro de Hatena☆Illusion (2014). Infelizmente, por motivo de doença, Matsu faleceu em 2016, deixando a obra com apenas 4 volumes. Embora inacabada, a série ganhou uma adaptação em anime em 2020.


  • Shinkiba Yuki (新木場ユキ)

Shinkiba Yuki iniciou sua carreira em 2006, com a publicação de Hajimete no Koushien. Especializou-se na publicação de shounen, sendo conhecida pela série Shindere Shoujo to Kodoku na Shinigami (2011), que nunca chegou a concluir, deixando inacabada com 3 volumes, ao vir a óbito devido a complicações durante o tratamento de um câncer.


sexta-feira, 31 de julho de 2020

Koda Momoko

Essa semana eu publiquei a resenha de Sensei Kunshu e, por gostar das obras da Koda, resolvi falar um pouco sobre ela. Infelizmente, tem pouquíssimas informações sobre a autora na internet, mas vou compartilhar com você o pouco que eu consegui encontrar.



Koda Momoko (幸 田 も も 子) nasceu em algum lugar do Japão, no dia 24 de setembro de 1984 (libriana). Koda é ainda bastante jovem e começou sua carreira em 2006 com a publicação do mangá Sonde Murasaki Doonatta?. No ano seguinte, ela publica Ouse ga Suppin Miseru Ka Yo, na revista Bessatsu Margaret e Anesan Countdown!, série com dois volumes. No entanto, é apenas em 2010 que ela ganha destaque como mangaká de shoujo com a publicação de sua obra mais famosa: Heroine Shikkaku.



O estilo da Koda é bastante irreverente, sempre trazendo uma perspectiva diferente ao estilo shoujo. Embora mantenha alguns padrões e alguns clichês típicos do gênero, ela acrescenta novos elementos e usa e abusa das referências a obras clássicas, como Candy Candy, Sailor Moon, Dragonball, etc. Além disso, a Koda é bastante ativa nas redes sociais, quem acompanha seu site pode constatar o quanto ela gosta de expor os seus gostos e interesses.



As obras mais recentes da autora são Atashi no! (2017), com 4 volumes publicados e Kimi ga Tokubetsu, em andamento no Japão com 4 volumes, ambos pela revista Bessatsu Margaret, da editora Shueisha.



Obras da autora:

  • Sonde Murasaki Doonatta? (2006)
  • Anesan Countdown! (2007)
  • Ouse ga Suppin Miseru ka Yo (2007)
  • Yotteke! Otokomua (2008)
  • Heroine Shikkaku (2010)
  • Party! - Sora - Higashi Nihon Daishinsai Charity Mangabon (2011)
  • Hirunaka Shikkaku (2013)
  • Sensei Kunshu (2013)
  • Atashi no! (2017)
  • Kimi ga Tokubetsu (2019)

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Sensei Kunshu (Mangá)

Eu fico sempre com um pé atrás quando encontro histórias em que a mocinha é nova demais para o mocinho. Nesse caso aqui, Ayuha tem apenas 16 anos e Hiromitsu-sensei tem 24. Aparentemente não parece algo gritante e os traços da Koda Momoko disfarçam um pouco essa diferença de idade, mas mesmo assim, eu acho um pouco complicado romantizar esse tipo de relacionamento. Feita essa ressalva, vamos ao que interessa, porque eu adoro as histórias da Koda.

Título: セ ン セ 君主/ Sensei Kunshu
Mangaká: Koda Momoko
Gênero: Comédia, Romance, School Life, Sensei, Shoujo
Outros Títulos: Heroine Shikkaku (2010)
Publicação
Mangá - 13 volumes (2013)
J-Movie (2018)

Sensei Kunshu, da mangaká Koda Momoko (2013-2017)

Sinopse: Samaru Ayuha é uma estudante do ensino médio, que é constantemente rejeitada pelos rapazes a quem se declara. Um dia, ela tem problemas em um restaurante e um homem bonito e atraente, Hiromitsu Yoshitaka, a ajuda com o pagamento da refeição. Sem imaginar que veria esse homem tão rapidamente, no dia seguinte, ela descobre que Hiromitsu vai ser seu professor de matemática. Devido a essa "coincidência", Ayu acredita que Hiromitsu é sua alma gêmea e se apaixona loucamente por ele, mas será que ela conseguirá conquistá-lo também?



Apesar de ter um casal com uma diferença de idade de 8 anos, algo que me incomoda um pouco, Sensei Kunshu é uma história divertida e cativante. Por isso, vou apresentar alguns motivos do porquê vale a pena ler esse mangá.




1. O fato de a protagonista não ser uma heroína perfeita

Assim como a Hatori de Heroine Shikkaku, a nossa protagonista apresenta diversas expressões faciais engraçadas. Embora a Ayu seja a heroína, ela não é a típica heroína shoujo, fofa e delicada. Ayu é estabanada, ingênua, nenhum pouco estudiosa, sem nenhuma qualidade e avoada. Ela representa tudo o que uma protagonista de mangá shoujo não é. E é exatamente isso que a torna super divertida e cativante. Em nenhum momento ela é irritante. Mesmo sendo idiota de vez em quando, ela tem um coração enorme e uma coragem avassaladora para defender as pessoas que ama. Talvez isso seja uma característica da Koda Momoko, trazer protagonistas que fogem dos padrões do shoujo clássico, de modo a gerar identificação (ou não) com um maior número de leitoras.



2. Paródia. Paródia. Paródia

Estamos falando de um mangá da Koda Momoko, então, de certo modo, eu já esperava por algo assim. Há muitas referências a outros mangás/animes shoujo em Sensei Kunshu, mas de modo a ironizar os mangás clássicos dos anos 80 ou para brincar com o leitor. Eu sempre tenho a impressão de que a Koda tem um certo fascínio por esses clássicos, como Candy Candy, por isso esse resgate em forma de paródia nas caras e bocas que ela dá aos personagens, sobretudo, à Ayu. São expressões sempre exageradas, quase caricaturais, das reações das personagens de acordo com a situação que eles estão passando no momento. Esse tipo de coisa sempre me atrai.



3. Um professor que odeia ser professor

O que eu mais curti foi ver como em vários capítulos o Hiromitsu-sensei deixa escancarado que odeia ser professor. Não só em seus próprios pensamentos, como em sala de aula. Ele está ali para cumprir um trabalho - que para ele será temporário - que paga razoavelmente bem. Ele está tirando apenas uma licença que acabaria em três meses, até que acaba se tornando professor efetivo. Ele não está nem aí se os alunos do ensino médio não estão interessados na sua matéria e, em nenhum momento, ele se preocupa com isso ou tenta conquistá-los. Além disso, ele tem zero paciência para a estupidez das alunas que se apaixonam por ele, até ser "seduzido" pela persistência de Ayuha. É por não conseguir entendê-la que ele se interessa por ela.



4. É um mangá da Koda Momoko

Pode parecer presunçoso falar isso, mas é a verdade. Quem já leu Heroine Shikkaku vai entender um pouco do que eu estou falando - risos.

My Teacher, My Love, filme live-action (2018)

No mais é isso, pessoal. Sensei Kunshu vai te fazer dar muitas risadas e, claro, vai ter tudo que você procura num mangá shoujo em que a protagonista se apaixona pelo seu professor e que em algum determinado momento da história acaba conquistando o coração dele e indo morar com ele... Oi? comassim?? Pois é, se você quiser saber como isso acontece, vá ler! Até a próxima, kissu...



Mangá em português:
Otaku Nya Scan - download (capítulo 41, volume 11)
Union Mangás; Yes Mangás - ler online (capítulo 41, volume 11)

Mangá em espanhol:
Shojo Papers - descarga (completo)
Tu Manga Online - leer online (completo)

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Toukyou Tarareba Musume (Mangá)

Três amigas inseparáveis, que pensavam que teriam o mundo a seus pés, acordam - de repente - aos trinta e poucos anos e descobrem que o mundo tinha mudado, que elas tinham mudado e, pior, que a sua força de vontade e determinação tinham ido embora.

Título: 東京タラレバ娘/ Toukyou Tarareba Musume/ Tokyo Tarareba Girls
Mangaká: Higashimura Akiko
Gênero: Comédia, Drama, Josei, Romance, Slice of Life
Outros Títulos: Tooryanse (2001); Wisteria-Colored Sky Apartment (2005)
Publicação:
Mangá - 9 volumes (2014)
J-Drama - 10 episódios (Nippon TV | 2017)

Toukyou Tarareba Musume, da mangaká Higashimura Akiko (2014-2017)

Sinopse: Kamata Rinko, uma roteirista que mora em Tóquio, continua solteira aos 33 anos de idade. Ela não está satisfeita no amor nem no trabalho e costuma sair para beber com Kaori e Koyuki, suas melhores amigas desde o colegial. Um dia, enquanto as três estão jantando e bebendo em um izakaya, como de costume, reclamando dos homens com quem namoraram, um jovem misterioso de cabelos loiros, chamado Key, diz que elas continuam solteiras porque estão sempre falando sobre "e se..." Indignada com a ousadia do rapaz, Rinko decide se casar até 2020, o ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

O dilema da Rinko acaba sendo o tipo de coisa pelo qual várias pessoas já passaram na vida, pelo menos em algum determinado momento: e se eu tivesse feito, dito, sido isso ou aquilo? Mas a verdade é que não é possível voltar no tempo e consertar o que a gente fez e até mesmo o que não fez. Rinko (e suas amigas) desperdiçou os melhores anos de sua vida achando que teria tempo, que ainda seria capaz de conquistar tudo o que quisesse, já que ela era a protagonista da sua história. No entanto, num belo dia e depois de tantos "e se", nossa heroína acorda e percebe que as regras do jogo tinham mudado. O mundo não era gentil com as mulheres de 30 e poucos anos.


Tokyo Tarareba Girls, drama japonês (2017)

Rinko, Kaori e Koyuki viviam numa cidade de interior no distrito de Saitama. Levando uma vida medíocre e sem graça, após terminarem o colegial, elas decidem morar em Tóquio. Afinal, elas eram jovens e o mundo estava a seus pés. Rinko entra na universidade; Kaori começa a fazer um curso técnico de manicure e mora com o namorado músico; e Koyuki desenvolve habilidades e técnicas culinárias para ajudar o pai no restaurante dele. A vida não tinha pressa, elas tinham sonhos, tudo parecia perfeito. Três amigas vivendo em Tóquio, com vidas a priori maravilhosas, agora se deparam com uma vida vazia e medíocre. Mas o que aconteceu para que tudo terminasse assim?

O legal desse mangá é como tudo é tratado de forma bem realista, sem nenhum romantismo ou idealização. Rinko rejeitou o único cara que pediu para sair com ela e anos depois isso ainda a assombraria. Kaori largou o namorado depois de cinco anos morando juntos, porque viu que ele nunca seria alguém responsável. Koyuki nunca teve grandes ambições e o seu jeito calado e reservado nunca a fez atrair homem nenhum. Elas poderiam estar bem resolvidas com suas escolhas, mas a pressão da sociedade para que mulheres casem, tenham marido, filhos etc., surge como uma forma de opressão e de sinônimo de realização. Toda mulher realizada é casada e mãe. O que sabemos que não é verdade, mas mesmo em pleno século XXI, ainda não estamos livres disso.




O ponto de fratura da ilusão de estar vivendo bem, de que ainda teria tempo de conquistar tudo que almejasse, ocorre quando um jovem bonito e misterioso, chamado Key, passa a apontar cruelmente os erros e as falhas de Rinko e de suas amigas. Ok, eu concordo que alguém precisava trazer essas três para o mundo real, mas o Key é muito sádico quando faz isso. Claro que tem todo um porquê de ele ser assim, tão frio e indiferente, mas de certo modo, eu tive muita raiva dele em alguns momentos. Ele não tinha empatia nenhuma e eu não gosto de pessoas assim. Mas no final, você até compreende as razões por trás de suas ações, todavia, deixo claro que para mim, não foram o suficiente para passar a mão na cabeça dele.

Esse mangá é maravilhoso! Um dos mais engraçados, mais cativantes que eu já li. A Rinko é muito interessante, apesar de ser uma mulher de 30 e poucos anos, ela ainda é ingênua, de certa forma, mas é bastante franca e tem garra. Também têm aqueles momentos em que ela enche a cara e se sente um cocô, mas quem nunca? As amigas da Rinko também são ótimas, a noite das garotas eram os meus momentos favoritos. Apesar de não aparecer tanto, a Mami é uma das minhas personagens mais queridas, embora tenha apenas 19 anos, ela coloca Rinko e suas amigas no chinelo. Amei como não é reforçada a rivalidade entre mulheres, amei como a amizade entre elas é forte e mais importante do que qualquer outra coisa... Ainnn... eu só sei que Toukyou Tarareba Musume é um dos meus mangás favoritos a partir de agora, chega dá um calorzinho no peito e uma vontade de ter amizades tão lindas e verdadeiras... Super recomendo!!



Mangá em português:
Toshi wa Yume - ler online/ download (completo)

domingo, 26 de julho de 2020

Omoi, Omoware, Furi, Furare (Mangá)

Sou suspeita para falar, mas depois de ler alguns mangás da Sakisaka Io, acabei ficando interessada em ler o máximo de histórias possíveis. E depois de um certo tempo, cá estou eu para trazer a resenha desse mangá super fofo que eu li recentemente.

Título: 思い、思われ、ふり、ふられ/ Omoi, Omoware, Furi, Furare
Mangaká: Sakisaka Io
Gênero: Comédia, Drama, Romance, School Life, Shoujo
Outras PublicaçõesBlue (2006); Strobe Edge (2007); Ao Haru Ride (2011); Otome no Itari (2020)
Publicação:
Mangá - 12 volumes (2015)/ Licenciado pela Panini (2021)
Filme - Animação (2020)

Omoi, Omoware, Furi, Furare, da mangaká Sakisaka Io (2015-2019)

Sinopse: Yuna e Akari têm visões muito diferentes do amor: enquanto Yuna vê o amor como um sonho, Akari é mais realista e meio cética. Em contrapartida, há dois garotos, Kazuomi e Rio, que também têm pontos de vista diferentes do amor: Kazu-kun é um pouco devagar para entender o conceito de amor, enquanto Rio se importa com a beleza exterior. Será que esses quatro vão conseguir alcançar o objetivo de serem felizes mesmo diante de tantas diferenças?



A priori, Yuna e Akari parecem duas amigas improváveis, mas, ironicamente, as duas se tornam grandes companheiras, embora tenham posicionamentos diferentes no que diz respeito ao amor, as duas vão descobrindo aos poucos que o amor não é tão ruim ou tão bom assim. Vale salientar que a Yuna nunca se apaixonou por ninguém e idealizar o amor ocorre de maneira mais fluida, diferentemente do que acontece com Akari, que por já ter namorado, sabe que nem tudo é um mar de rosas.




Yuna se apaixona por Rio, irmão de Akari, e se esforça bastante para ser amiga dele, mesmo depois de ser rejeitada por ele após se declarar. Mas a questão é que Rio gosta de uma garota "inalcançável", o que faz com que aceite namorar qualquer garota bonita que se declare para ele. Enquanto isso, o despreocupado Kazuomi não pensa em namoro nem nada disso, suas preocupações são outras: não decepcionar os pais como o seu irmão mais velho fez. Embora pareça despreocupado, Kazu vive um dilema interno sobre fazer o que os pais querem ou seguir o seu sonho.




Apesar de seguir alguns clichês comuns em shoujo, como mal entendidos que fazem os mocinhos demorarem anos-luz para ficarem juntos ou não entregar o chocolate para o amado no dia dos namorados etc., Omoi, Omoware, Furi Furare é uma história super gostosa de se ler. A Yuna parece ingênua e romântica, mas ela é adorável. No entanto, eu confesso que gostei muito mais da Akari e senti que em alguns momentos ela não aparecia tanto, uma pena, porque ela é uma personagem maravilhosa e eu torci pacas para ela e o Kazu se acertarem. 





Vale salientar que apesar do romance e de um certo melodrama, há alguns temas interessantes. O arco do Kazu tendo que decidir entre atender as expectativas dos pais e seguir seu sonho de trabalhar com cinema evidencia o quanto é forte a pressão da família sobre o futuro dos jovens. Não apenas no Japão, mas, sobretudo, no Japão. Outro ponto interessante, é ver como a Akari toma algumas atitudes maduras, mesmo que acabe aceitando obedecer a certas situações sem contestar. E quando ela percebe que não precisa aceitar tudo, sua relação com a mãe, com os antigos colegas e com Rio melhoram significativamente.




Os dois casais são muito fofos juntos. A Yuna e o Rio começam a namorar depois de um certo tempo e ambos vão aprendendo a como lidar um com o outro. Já Akari e Kazuomi foram o casal que eu mais shipei e eu quase tive um treco quando o antigo ex dela apareceu. Mas ainda bem que a Sakisaka Io não fez a Akari ter uma recaída, eu ficaria muito chateada - risos. No mais, é isso, pessoal. Esse mangá é super gostoso, fofinho, com traços belíssimos, uma narrativa fluida, personagens cativantes, enfim... um típico shoujo escolar que vale a pena ser lido, afinal, o que poderia dar errado numa história da Sakisaka Io? (risos).




Mangá em português - sem link
Licenciado pela Panini

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Cousin (Mangá)

Mesmo tentando ler os mangás que eu tinha baixado há um tempo atrás, cá estou eu lendo histórias novas, basta apenas chamar a minha atenção de alguma forma. Mas apesar de não estar cumprindo minha meta - risos - esse mangá é bem curtinho e super gostosinho de ler. Vale a pena!

Título: カズン/ Cousin
Mangaká: Ikuemi Ryou
Gênero: Comédia, Drama, Josei, Romance, Slice of Life
Publicação: Mangá - 3 volumes (2005)

Cousin, da mangaká Ikuemi Ryou (2005)

Sinopse: Tsubomi tem 18 anos e está acima do peso. Por mais que se esforce, ela não consegue emagrecer, mas também não vê nenhuma razão para isso. No entanto, tudo isso muda quando ela se apaixona por um cara mais velho, Nasukawa-san, por quem ela faz o maior esforço para ficar "diferente". Mas será que essa transformação era mesmo necessária? Ter uma modelo super famosa na família não mexeu muito com a cabeça dela?



Certamente, todo mundo já ficou chateado por estar um pouco acima do peso. Mas nem isso é suficiente para estragar o dia a dia da Tsubomi. Ela sempre estudou em escolas para garotas e nunca antes sentiu necessidade de estar magra. Entretanto, isso começa a mexer com ela quando conhece Nasukawa-san. Embora não tenha caído de amores por ele à primeira vista, de tanto ouvir o amigo Shiro dar aquela incentivada, Tsubomi começa a nutrir sentimentos pelo seu cliente fiel. Mas Tsubomi ainda mora na casa dos pais e com 18 anos, não conhece nada demais sobre a vida, muito menos sobre o amor. Sua ingenuidade e sinceridade chegam a ser um defeito de tão inocente que ela é.



Vale salientar que apesar de envolver romance, o foco do mangá é no aprendizado de Tsubomi sobre as coisas da vida, sobre ela ser bem mais do que apenas existir, algo que nossa heroína não valorizava muito, tanto que no início, somos apresentados a uma Tsubomi sem animação, sem planos, sem esperanças sobre o futuro. Elas apenas termina o colegial e decide arranjar um emprego de meio período numa locadora. De certa forma, ela não tem muitas expectativas nem grandes planos, ela apenas pretende viver e ganhar o suficiente para se manter como pode. Mas à medida que ela vai lidando com suas próprias experiências e frustrações, ela vai amadurecendo e se tornando mais forte. Não esperem por um romance meloso ou um final feliz com chave de ouro, Cousin é um mangá muito interessante por trazer uma história diferente e fora da caixa, por deixar em aberto diversas possibilidades para quem a Tsubomi será um dia. Eu gostei muito dessa história. Super recomendo.


Mangá em português:
Estelar Scans - download (capítulo 6 - volume 1)
Union Mangás; Yes Mangás - ler online (capítulo 6 - volume 1)

Mangá em espanhol:
Last Heaven Fansub - descarga (completo)
Tu Manga Online - leer online (completo)
 

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